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exemplo de Lula, foi também no Nordeste que Dilma obteve sua maior
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FOTO: ROBERTO STUCKERT/PR
A avaliação de governo se manteve no patamar de dezembro, com 56% de "ótimo" e "bom". 34% consideraram "regular"
Brasília
A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff subiu cinco pontos em
três meses e chegou aos 77%, revelou ontem a nova pesquisa CNI/Ibope. É
um índice superior ao que tinham, neste mesmo período de governo, os
seus dois antecessores. Fernando Henrique Cardoso havia alcançado 57% e
Luiz Inácio Lula da Silva, 60%.
A avaliação de governo se manteve
no patamar de dezembro, com 56% de "ótimo" e "bom". A administração foi
considerada "regular" por 34% dos consultados, e outros 8% a definiram
como "péssima".
A exemplo de Lula, foi também no Nordeste que
Dilma obteve sua maior aprovação: 82%, seis pontos a mais do que na
pesquisa anterior. Essa média é maior também em cidades pequenas, onde
alcança 79%.
No Sudeste, a popularidade dela saltou de 69% para
75% desde dezembro. A pesquisa mostrou, ainda, que a atual política de
combate à inflação é aprovada por 42% (eram 39% em dezembro). As medidas
adotadas contra a pobreza e a fome são consideradas boas por 59%.
Ao
lado de notícias positivas para a presidente, a pesquisa aponta números
negativos. A carga tributária é considerada alta por 65%. A situação da
saúde é reprovada por 63%, a política de juros é rejeitada por 55% e
61% criticam a segurança.
"O estilo da presidente, mostrando
firmeza na substituição de ministros e no relacionamento com o
Congresso, parece ter uma empatia da população", disse o gerente
executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da
Indústria, Flávio Castelo Branco.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas de
142 cidades, entre 16 e 19 de março. A margem de erro é de dois pontos
porcentuais para mais ou para menos. A aprovação recorde da presidente é
vista pelos analistas políticos como um indicador do bem-estar da
população.
Análise
"O principal ponto da
pesquisa é que o brasileiro está muito bem, obrigado, e a pesquisa
indica isso", resumiu o cientista político da Fundação Getúlio Vargas
(FGV) Fernando Abrucio. "Enquanto o desemprego e o consumo tiverem
índices altos, a popularidade estará alta", avaliou Carlos Melo, do
Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).
Já Rafael Cortez, da
Tendências Consultoria Integrada, acredita que Dilma se beneficia não só
da situação econômica, mas de seu embate com aliados.
O que mais
chamou a atenção foi a insatisfação com a carga tributária. "Isso é
recente e tem a ver com a ascensão da classe C, que se deu conta de que
paga mais impostos", disse Abrucio.
Diário do Nordeste
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