quarta-feira, 18 de julho de 2012

Servidores de universidades do CE criticam proposta e mantêm greve

Professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Unilab criticaram nesta terça-feira (17) a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal na sexta-feira (13). Segundo a Associação dos Servidores das Universidades Federais no Ceará (Adufc), a proposta do governo beneficia principalmente professores com doutorado. De acordo com a Adufc, todavia, a maior parte dos professores do Ceará, especialmente no inteiror do estado, não possuem doutorado.

Os servidores da UFC e Unilab se reuniram nesta terça-feira no auditório da reitoria da UFC para debater a proposta. Após a reunião, os professores agendaram para quinta-feira (19) uma assembleia dos servidores para votar a rejeição ou aceitação da proposta.


Nesta terça-feira, os professores criticaram também o fato de que o reajuste apresentado pelo governo começaria a valer a partir de junho de 2013 e o reajuste total seria concluído em até três anos. Os servidores querem que o reajuste seja aplicado a partir janeiro de 2013.
De acordo com a Adufc, a assembleia marcada para quinta-feira vai confirmar a rejeição da proposta do governo federal. Segundo a associação, a greve dos professores está mantida até 23 de julho, data em que está prevista uma nova reunião entre professores em greve o governo federal.
As universidades federais do Ceará estão em greve desde 12 de junho e o Instituto Federal de Ciência e Tecnologias do Ceará, desde 13 de junho. Em todo o Brasil, 57 universidades estão em greve há dois meses.

Proposta do governo

A proposta do governo federal, que entraria em vigor a partir de 2013, reduz de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de "incentivar o avanço mais rápido a busca de qualificação profissional e dos títulos acadêmicos". Segundo o documento elaborado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a proposta apresentada pelo governo, apesar de reduzir os níveis, mantém, na estrutura, a hierarquização vertical em classes.

Em nota, o ministério afirmou que "todos os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais além dos 4% já concedidos pela MP 568 retroativo a março, ao longo dos próximos três anos". Pela proposta, o salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salário dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$ 7,3 mil (valor referente a fevereiro) para R$ 10 mil.

(G1/CE)

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