sábado, 14 de janeiro de 2012

Frutas começam o ano mais caras

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FOTO: DIVULGAÇÃO
Uva foi um dos itens que ficou mais salgado na hora de colocar na cesta de compras
Preços salgados neste mês de janeiro devem deixar menos doces algumas frutas preferidas pelo cearense na alta estação. Em elevação no mês dezembro em comparação com novembro, respectivamente, de 21,7%, 13,4%, 7,7% e 6%, produtos como abacate, maracujá, uva e mamão prometem continuar a escalada nos primeiros meses de 2012. Dentre as frutas frescas, porém, o vilão do Natal foi o pêssego, que chegou a ficar 38,8% mais caro em dezembro, devido ao aumento da procura para as festas de fim de ano.

Os dados são da Unidade de Informação de Mercado Agrícola da Ceasa-CE (Centrais de Abastecimento do Ceará S/A), com base nos preços nos dois últimos meses de 2011.

Pêssego

Nesse intervalo, a caixa de oito quilos (kg) de pêssego passou de R$ 50,00 para R$ 69,42 "devido ao largo consumo no período", explica o analista de mercado, Odálio Girão, que coordena a Unidade. Comportamento semelhante ocorreu com a uva. Mais procurada nessa época do ano, em função de decorações e festejos natalinos, a caixa de 20 kg da uva Itália aumentou de R$ 61,88 para R$ 66,67%. Já o mesmo volume da uva Benitaka alterou de R$ 66,56 para R$ 71,33, contabilizando alta de 7,2%. Produtos como kiwi e ameixa fresca também sofreram altas pontuais de 2,6% e de 0,2%, nessa ordem.

Tendência de alta

De acordo com Odálio Girão, ao contrário dos acréscimos relativos a aspectos sazonais, o aumento de preços do abacate, do maracujá e do mamão Hawai ou papaia tendem a se intensificar. O quilo do abacate grande na Ceasa passou de R$ 3,04 para R$ 3,70, entre novembro e dezembro. "O que está encarecendo o abacate é a produção reduzida de Minas Gerais e do Espírito Santo e como a safra cearense só ocorre entre fevereiro e março, os preços devem continuar subindo, até porque nossa produção é insignificante para abastecer o mercado", pondera.

Em relação ao maracujá, o quilo do produto aumentou no mesmo período de R$ 2,89 para R$ 3,28 devido a redução da produção cearense na Serra da Ibiapaba. "Os volumes ofertados foram inferiores ao mês passado e com a demanda maior devido as confraternizações de fim do ano, com o aumento da produção de sucos e coqueteis, o preço acabou encarecendo", observa o analista de mercado, segundo quem a alta tende a se ampliar com as férias e o verão.

Quanto ao mamão, ele lembra que o Ceará ainda não tem produção suficiente para manter o mercado abastecido. O quilo do mamão Hawai passou de R$ 1,90, em novembro, para R$ 2,01, em dezembro, e a perspectiva é que os preços continuem em elevação. No mesmo período, o preço do melão japonês na Ceasa declinou 17,6%, de R$ 1,85 para R$ 1,53 por quilo. "Apesar da procura ser boa, houve uma diversificação de tipos do produto em oferta no mercado, além de termos experimentado uma produção boa no Baixo Jaguaribe, em Acaraú e no Rio Grande do Norte, que também nos fornece melão", completa.

ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER

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