O estado do Ceará
está produzindo pela primeira vez maçã, em uma fazenda na cidade de
Tianguá, na Serra da Ibiapada. A plantação ocorre em fase teste em
terras privadas cedidas a Embrapa para plantar mudas de maçã. Foram cultivadas seis variedades de plantas de maçãs, que estão todas carregadas de frutas.
Em fevereiro deste ano, 14 meses após a
plantação das mudas, está sendo feita a primeira colheita. Segundo
especialistas, a maçã se desenvolve melhor em áreas de clima temperado,
como o da Serra da Ibiapaba, onde a temperatura varia entre 18 e 35
graus. Apesar de não chover constantemente em Tianguá, as árvores foram cultivadas com irrigação.
A produção surpreendeu até o produtor
paulista, acostumado com a produção do fruto em São Paulo. "Recebemos o
convite para cultivar maçã, pera, caqui e fizemos os testes. Eles
forneceram a muda e assistência, e aí está esse resultado maravilhoso",
diz o fazendeiro Ernesto Emori, proprietário das mudas de maçã.
Na primeira colheita, cada pé produz
uma média de oito quilos de maçã. As variedades "princesa" e"erva" se
adaptaram melhor na Serra da Ibiapaba. A produção é vendida em centrais
de abastecimento do Ceará.
Segundo José Narciso Sobrinho,
superintendente do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do
Nordeste, o objetivo é trazer novas culturas ao Ceará. "Nesse primeiro
momento está se produzindo os frutos. O primeiro teste era saber se a
planta iria frutificar e se frutificou, e agora no segundo momento
vamos melhorar a qualidade do fruto", diz.
Outras oito fazendas do Ceará vão
receber o cultivo de frutas como pera, caqui e oliveira. "Temos todos
os ambientes do Ceará sendo testados para produzir, inclusive para os
agricultores familiares, onde nós sabemos que a fruticultura tem um
grande alcance social e emprega muita mão de obra", diz Narciso.
Uma vantagem da produção de maçã no
Ceará, de acordo com o produtor Ernesto Emori, é que a colheita pode
ser feita no período de entressafra das regiões Sul e Sudeste. "Como
aqui não tem o frio, nós podemos produzir, as árvores não ficam em
dormência e a gente pode colher no final de ano", explica.
Fonte: Programa NE Rural G1 CE
Fonte: Programa NE Rural G1 CE
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