quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Negócios: Fortaleza é a 2ª do NE e a 5ª do País em meios de hospedagem

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A Capital cearense possui 280 empreendimentos hoteleiros e é responsável por 5,6% do mercado nacional, perdendo apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte
MARÍLIA CAMELO
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Projeção do presidente do BC é de que o avanço da economia do País de 2012 supere o de 2011
AGÊNCIA BRASIL
Cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 concentram mais de 75% da oferta de leitos em todo o País
Destino turístico cada vez mais consolidado no País, Fortaleza é a quinta capital brasileira e segunda do Nordeste no número de estabelecimentos de hospedagem - envolvendo hotéis de todos os portes, pousadas, albergues, pensões e ainda motéis. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), baseada em dados colhidos no ano passado pelo Ministério do Turismo, a cidade possui 280 empreendimentos desse tipo e é responsável por 5,6% do mercado nacional, perdendo apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte.

Segundo o levantamento, a Capital dispõe de um total 12.188 unidades habitacionais (suítes, apartamentos, quartos e chalés) e capacidade máxima de 19.745 leitos, número avaliado pelo IBGE como "expressivo" no universo do setor.

De olho na Copa

O objetivo da pesquisa é mapear o segmento hoteleiro nacional para conhecer suas idiossincrasias, carências e potenciais. Conforme o IBGE, o estudo servirá como fonte para eventuais políticas públicas e também para estratégias futuras do setor privado, mirando, principalmente, os grandes eventos programados para os próximos anos, como a Copa do Mundo da Fifa e os Jogos Olímpicos.

Apesar da posição quantitativa de destaque no âmbito nacional, os hotéis de Fortaleza possuem uma das menores médias de leitos entre as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

Enquanto o Rio de Janeiro, por exemplo, conta com uma proporção de 106 quartos por hotel, a capital do Ceará tem apenas 71. Cada um desses estabelecimentos fortalezenses, em média, comportar104 pessoas.

Padrões inferiores

Outro fator analisado pelo levantamento do IBGE foi a categoria das opções de hospedagem disponíveis. Em Fortaleza, a predominância (43,2%) é de estabelecimentos considerados econômicos, com padrões de serviços e qualidade inferiores. Já os de médio conforto são responsáveis por 25,4% do mercado da Capital. Os luxuosos e de grau de conforto superior somam 13%.

Segundo o estudo, "o crescimento da demanda turística no País exige, em contrapartida, uma infraestrutura compatível, em especial, no que concerne aos serviços de transporte turístico e hospedagem".

Para o IBGE, os grandes eventos esportivos poderão promover um grande salto qualitativo e quantitativo nos serviços de Turismo, adequando-os a um novo patamar de oferta.

Concentração

As 12 cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 concentram 75% da oferta de hospedagem do país, ou 278,2 mil leitos, seja em hotéis, motéis, apart-hotéis, pensões ou albergues. A capacidade de hospedagem nas 27 capitais brasileiras totaliza 554.227 pessoas.

Ao todo, a rede de hospedagem nesses locais é formada por 5.036 estabelecimentos, que oferecem 250.284 unidades habitacionais, como suítes, apartamentos, quartos e chalés, e 373.673 leitos, entre simples e duplos. Com isso, a capacidade média nas capitais chega a 110 hóspedes por estabelecimento.

Rio lidera

A maior capacidade média de hospedagem foi observada no Rio de Janeiro, onde cada estabelecimento pode receber, em média, 157 visitantes. Em seguida, aparece Natal (140 turistas por estabelecimento).

Já em números absolutos, São Paulo lidera o ranking, com capacidade de hospedagem para 114.212 turistas. O Rio de Janeiro aparece na segunda colocação, com 67.536 vagas de hospedagem; e em seguida, vem Salvador, com 34.424.

Três capitais da região Norte possuem as menores redes de hospedagem do país: Boa Vista, com apenas 32 estabelecimentos de hospedagem; Rio Branco, com 36; e Macapá, com 41 estabelecimentos.

Últimos meses

Brasil cresce abaixo do potencial, diz Tombini

Brasília O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou ontem, durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, que o Brasil cresceu abaixo do seu potencial nos últimos três trimestres, incluindo o atual. "Não é por outra razão que o Banco Central vem ajustando para baixo suas taxas", declarou , referindo-se aos cortes na taxa de juros básica da economia, a Selic, desde agosto pelo Copom.

Ele declarou ainda que, de 2008 para cá, os bancos centrais do mundo vem adotando juros menores do que deveriam. "Temos visto a adoção de políticas monetárias expansionistas que tem ampliado a liquidez no mercado financeiro global. Isso tem contribuído para minimizar a aversão ao risco e deve intensificar o fluxo de capitais para economias emergentes", disse.

Tombini afirmou que o Brasil vai crescer "mais em 2012 do que cresceu em 2011, sem dúvida". A estimativa é de que a economia tenha crescido entre 2,7% e 3% em 2011; o resultado oficial será divulgado no dia seis. Já para 2012, o governo trabalha com a meta de 4,5% do PIB.

Capital lidera percentual de motéis

No universo de opções de hospedagem, que inclui uma série de alternativas como albergues e pousadas, a Capital cearense tem a maior proporção de motéis entre as cidades avaliadas pelo IBGE. Esse tipo de estabelecimento representa uma fatia de mais de 39% de todo o setor em Fortaleza, superando, inclusive, os hotéis, que são responsáveis por 32,9%.

Abaixo, aparecem Belo Horizonte, com 34%, e Porto Alegre, com 32,1%.

Em número absolutos, a cidade dispõe de 110 motéis contabilizados pelo IBGE para uma população de aproximadamente 2,4 milhões de habitantes. São Paulo, enquanto isso, tem a maior quantidade de unidades, 264, e uma população de 11,3 milhões de habitantes.

Pousadas

Já as pousadas representam 21,4% do setor hoteleiro fortalezense, e os outros tipos de estabelecimentos completam o ´bolo´, com 6,4%.

O levantamento revela, ainda, ao contrário do que ocorre no Ceará, que a maior parte dos estabelecimentos que compõem a rede de hospedagem nas capitais brasileiras é formada por hotéis (52,1%), que têm em média 50 unidades e 74 leitos por estabelecimento; seguidos por motéis, com uma fatia de 23,5% do total; e por pousadas, respondendo por 14,2%.

Baixo conforto no País

85,5% dos estabelecimentos de hospedagem nas capitais brasileiras estão classificados em patamares de médio e baixo grau de conforto e qualidade de serviços. Entre eles, 24,7% são considerados de médio padrão de qualidade; 37,6% são econômicos e 23,2%, simples.

De acordo com o gerente da pesquisa, Roberto da Cruz Saldanha, a classificação foi informada pelos próprios estabelecimentos, no momento das entrevistas, segundo padronização do Ministério do Turismo.

"A maioria dos estabelecimentos ainda tem padrões inferiores de qualidade. Se considerarmos apenas as duas classificações mais baixas, a econômica e a simples, já chegamos a mais da metade deles, 61% têm padrões inferiores em serviços. É um percentual alto", avaliou.

Na categoria luxo, estão enquadrados apenas, 3,5% dos estabelecimentos. A categoria superior ou muito confortável responde por 11,0%.

Embora São Paulo registre o maior quantitativo de hotéis nas categorias luxo e superior (143 no total), Rio de Janeiro possui, em termos relativos, a maior proporção desses estabelecimentos na sua rede de hospedagem (23,5%), seguido de Curitiba (21,1%), Porto Alegre (21,0%) e Natal (19,8%).

Dentre as capitais que registram maior proporção de empreendimentos hoteleiros com categoria turístico/médio conforto, destaca-se Florianópolis (com 50%).

Menor porte

Os estabelecimentos de menor porte (com até 19 unidades habitacionais) estão mais concentrados em Florianópolis (43,6%), Brasília (32,8%) e nas principais capitais da região Nordeste, destacando-se Fortaleza (34,2%), Salvador (32,2%) e também Natal (com 29,7%).

Mercado questiona BC sobre tributos

São Paulo A pressão que um eventual aumento dos preços dos combustíveis exercerá sobre a inflação neste ano tem sido fonte de preocupação do mercado financeiro, a ponto de analistas terem questionado o Banco Central, durante uma reunião, ontem, sobre se haveria condições de o governo lançar mão de tributos para evitar o impacto da alta dos combustíveis no bolso do consumidor. O aumento de 10% na gasolina e 2% no diesel no mês de novembro foram absorvidos via redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e não chegou ao consumidor final.

A preocupação do mercado com os preços dos combustíveis se acentuou após declarações da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ela afirmou que a permanecer os atuais patamares do preço do barril de petróleo, acima de US$ 100, a empresa recomenda correção dos preços dos combustíveis. Nas discussões entre analistas, o consenso foi de que há menos espaço para o governo usar a redução tributária para impedir o impacto dos combustíveis na inflação.

VICTOR XIMENES
REPÓRTER 
 
Diário do Nordeste

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