Durante
a visita de Dilma a Obama, a compra de aviões seria tomada como um
exemplo da iniciativa dos EUA de atrair investimentos do Brasil
REUTERS
Washington.
Em uma guinada imprevista pela Embraer, a Força Aérea dos Estados
Unidos (USAF) desistiu ontem da compra de 20 aviões A-29 Super Tucano, a
serem destinados ao front no Afeganistão. O valor do contrato, ainda
não assinado, chegaria a US$ 355 milhões.
Embora justificada por "problemas de documentação", a decisão foi motivada sobretudo pela pressão da oposição republicana e de políticos do Estado do Kansas, onde está instalada a sede da Hawker Beechcraft, a rival americana da Embraer.
"Apesar de buscarmos a perfeição, nós às vezes não atingimos nosso objetivo. E quando isso acontece, temos de adotar medidas de correção", afirmou o secretário da USAF, Michael Donley.
"Dado que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo responsável pelas aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor", afirmou.
De acordo com a USAF, o diretor da área de equipamentos, Donald Hoffmann, determinou a abertura de uma investigação sobre o processo de licitação. A porta-voz da Força Aérea, Jennifer Cassidy, afirmou não saber quando o processo de compra será retomado. Tampouco detalhou as razões do cancelamento.
Apelação
Em janeiro, a Hawker contestou na Corte Federal de Apelação a decisão da Força Aérea americana de desqualificá-la na licitação para a compra de caças leves, tomada no mês anterior. Única concorrente, a Embraer foi declarada vitoriosa. A decisão judicial era esperada entre o final de fevereiro e o início de março sem causar preocupação para a empresa brasileira.
De acordo com um alto executivo da Embraer, a escolha da USAF se mostrara consistente com as exigências da licitação, e os argumentos da Hawker eram "frágeis".
Além da Embraer, o Itamaraty e o Departamento de Estado consideravam uma questão de semanas a emissão de um parecer positivo a esse negócio pela Justiça americana.
A Embraer informou que lamenta o cancelamento do contrato de fornecimento de aviões. "Junto com sua parceira nos Estados Unidos, Sierra Nevada Corporation (SNC), a Embraer participou do referido processo de seleção disponibilizando, sem exceção e no prazo próprio, toda a documentação requerida", afirmou a empresa, que disse permanecer firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos EUA.
Embora não estivesse entre os temas do encontro da presidente Dilma Rousseff com o líder norte-americano, Barack Obama, no próximo dia 9, o futuro contrato com a Embraer seria tido como um exemplo da iniciativa dos EUA de atrair investimentos brasileiros capazes de gerar empregos no país.
Embora justificada por "problemas de documentação", a decisão foi motivada sobretudo pela pressão da oposição republicana e de políticos do Estado do Kansas, onde está instalada a sede da Hawker Beechcraft, a rival americana da Embraer.
"Apesar de buscarmos a perfeição, nós às vezes não atingimos nosso objetivo. E quando isso acontece, temos de adotar medidas de correção", afirmou o secretário da USAF, Michael Donley.
"Dado que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo responsável pelas aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor", afirmou.
De acordo com a USAF, o diretor da área de equipamentos, Donald Hoffmann, determinou a abertura de uma investigação sobre o processo de licitação. A porta-voz da Força Aérea, Jennifer Cassidy, afirmou não saber quando o processo de compra será retomado. Tampouco detalhou as razões do cancelamento.
Apelação
Em janeiro, a Hawker contestou na Corte Federal de Apelação a decisão da Força Aérea americana de desqualificá-la na licitação para a compra de caças leves, tomada no mês anterior. Única concorrente, a Embraer foi declarada vitoriosa. A decisão judicial era esperada entre o final de fevereiro e o início de março sem causar preocupação para a empresa brasileira.
De acordo com um alto executivo da Embraer, a escolha da USAF se mostrara consistente com as exigências da licitação, e os argumentos da Hawker eram "frágeis".
Além da Embraer, o Itamaraty e o Departamento de Estado consideravam uma questão de semanas a emissão de um parecer positivo a esse negócio pela Justiça americana.
A Embraer informou que lamenta o cancelamento do contrato de fornecimento de aviões. "Junto com sua parceira nos Estados Unidos, Sierra Nevada Corporation (SNC), a Embraer participou do referido processo de seleção disponibilizando, sem exceção e no prazo próprio, toda a documentação requerida", afirmou a empresa, que disse permanecer firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos EUA.
Embora não estivesse entre os temas do encontro da presidente Dilma Rousseff com o líder norte-americano, Barack Obama, no próximo dia 9, o futuro contrato com a Embraer seria tido como um exemplo da iniciativa dos EUA de atrair investimentos brasileiros capazes de gerar empregos no país.
Diário do Nordeste
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