quarta-feira, 28 de março de 2012

Dilma integra encontro de emergentes na Índia

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A presidente Dilma Rousseff foi recebida em Nova Délhi pela ministra das Relações Internacionais, Prenet Kaur
FOTO: REUTERS
Na cúpula, a presidente brasileira deve negociar a compra de caça francês, que também interessa aos indianos
Nova Délhi A presidente Dilma Rousseff (PT) desembarcou ontem em Nova Délhi, na Índia, para uma visita de Estado e para participar hoje de reunião de cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Acompanhada por seis ministros (Relações Exteriores; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Educação; Ciência e Tecnologia; Turismo; e Comunicação), o secretário-executivo da Fazenda e dois governadores, a presidente receberá hoje o título de doutor honoris causa na Universidade de Nova Délhi.

Amanhã, ela participará na reunião anual das cinco potências emergentes, que acontecerá em um hotel da capital indiana, e na sexta fará uma visita de Estado que terá como principal momento um jantar de trabalho.

A reunião desta semana é a segunda dos Brics com a presença de Dilma Rousseff, depois do encontro de Hainan, China, no ano passado.

Mais uma vez a situação na Zona do Euro será abordada no evento das cinco potências emergentes, que tiveram o crescimento afetado pela crise da dívida na Europa, assim como a situação no Oriente Médio, em particular a Síria, e a eleição do presidente do Banco Mundial, entre outros temas do encontro.

Aeronaves
Na agenda da reunião bilateral com a Índia, Dilma deve abordar a preferência do país asiático pelo caça francês Rafale, cuja aquisição o Brasil também cogita, e a ampliação do volume comercial entre os dois países.

Os indianos escolheram o modelo em uma concorrência para a compra de 126 aviões no começo deste ano.

O Rafale também é oferecido ao Brasil, que pretende adquirir 36 unidades - um negócio que se arrasta desde o ano de 2001.

A Força Aérea Brasileira (FAB) quer os caças multifuncionais, pacotes de armas e transferência tecnológica para capacitar a indústria brasileira. O negócio é estimado em cerca de R$ 10 bilhões, mas o valor pode ser ainda maior.

A proposta francesa, ofertando o Dassault Rafale, é considerada no mercado mais cara que a dos concorrentes, o Boeing F-18 (EUA) e o Saab Gripen (Suécia).

Banco de Desenvolvimento
Os integrantes dos Brics também analisarão a criação de um banco de desenvolvimento para financiar projetos sustentáveis e de infraestrutura.

Às vésperas da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (que acontece em junho, no Rio de Janeiro), a pauta de discussões dos Brics também incluirá temas ligados à economia verde (que prevê a utilização do meio ambiente para gerar riqueza, sem degradação) como forma de distribuir renda e gerar inclusão social.

Diário do Nordeste

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