A presidente Dilma Rousseff foi recebida em Nova Délhi pela ministra das Relações Internacionais, Prenet Kaur
FOTO: REUTERS
Na cúpula, a presidente brasileira deve negociar a compra de caça francês, que também interessa aos indianos
Nova Délhi
A presidente Dilma Rousseff (PT) desembarcou ontem em Nova Délhi, na
Índia, para uma visita de Estado e para participar hoje de reunião de
cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Acompanhada
por seis ministros (Relações Exteriores; Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior; Educação; Ciência e Tecnologia; Turismo; e
Comunicação), o secretário-executivo da Fazenda e dois governadores, a
presidente receberá hoje o título de doutor honoris causa na
Universidade de Nova Délhi.
Amanhã, ela participará na reunião
anual das cinco potências emergentes, que acontecerá em um hotel da
capital indiana, e na sexta fará uma visita de Estado que terá como
principal momento um jantar de trabalho.
A reunião desta semana é
a segunda dos Brics com a presença de Dilma Rousseff, depois do
encontro de Hainan, China, no ano passado.
Mais uma vez a
situação na Zona do Euro será abordada no evento das cinco potências
emergentes, que tiveram o crescimento afetado pela crise da dívida na
Europa, assim como a situação no Oriente Médio, em particular a Síria, e
a eleição do presidente do Banco Mundial, entre outros temas do
encontro.
Aeronaves
Na agenda da reunião
bilateral com a Índia, Dilma deve abordar a preferência do país asiático
pelo caça francês Rafale, cuja aquisição o Brasil também cogita, e a
ampliação do volume comercial entre os dois países.
Os indianos escolheram o modelo em uma concorrência para a compra de 126 aviões no começo deste ano.
O Rafale também é oferecido ao Brasil, que pretende adquirir 36 unidades - um negócio que se arrasta desde o ano de 2001.
A
Força Aérea Brasileira (FAB) quer os caças multifuncionais, pacotes de
armas e transferência tecnológica para capacitar a indústria brasileira.
O negócio é estimado em cerca de R$ 10 bilhões, mas o valor pode ser
ainda maior.
A proposta francesa, ofertando o Dassault Rafale, é
considerada no mercado mais cara que a dos concorrentes, o Boeing F-18
(EUA) e o Saab Gripen (Suécia).
Banco de Desenvolvimento
Os
integrantes dos Brics também analisarão a criação de um banco de
desenvolvimento para financiar projetos sustentáveis e de
infraestrutura.
Às vésperas da Rio+20, a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (que acontece em junho, no Rio
de Janeiro), a pauta de discussões dos Brics também incluirá temas
ligados à economia verde (que prevê a utilização do meio ambiente para
gerar riqueza, sem degradação) como forma de distribuir renda e gerar
inclusão social.
Diário do Nordeste
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