Em
nota, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
informou que o ministro Fernando Pimentel está à disposição para prestar
os esclarecimentos que venham a ser solicitados
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Na votação sobre o caso na Comissão de Ética, houve empate. O voto de Minerva foi de Sepúlveda Pertence
Brasília.
Em uma votação apertada, a Comissão de Ética Pública da Presidência da
República decidiu ontem aprofundar a investigação e pedir informações ao
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando
Pimentel, sobre os negócios de sua empresa de consultoria. O caso volta a
atormentar o Palácio do Planalto, logo no momento em que o governo
enfrenta uma de suas maiores crises com a base aliada.
"Sem fazer
nenhum juízo de mérito por ora sobre as acusações, resolvemos dar a
oportunidade de o ministro se manifestar para que então possamos ajuizar
se existe essa situação excepcional em que se justificaria a abertura
de um processo, embora os fatos veiculados sejam todos eles anteriores à
sua posse no ministério", disse o presidente da Comissão, Sepúlveda
Pertence. Pimentel terá 10 dias para prestar esclarecimentos.
Votaram
a favor do prosseguimento do caso os conselheiros Fábio Coutinho
(relator do parecer), Marília Muricy e Pertence. Pelo arquivamento, se
posicionaram Roberto Caldas, José Ernanne Pinheiro e Américo Lacombe - o
sétimo conselheiro, Humberto Gomes, está de licença médica e não
participou. O voto de Minerva foi dado pelo próprio Sepúlveda Pertence.
Em
nota, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
informou que o ministro "está à disposição" para prestar os
esclarecimentos que venham a ser solicitados "sobre os serviços
prestados como economista entre 2009 e 2010, período em que não exercia
qualquer função pública".
De acordo com a pasta, o ministro
aguarda o comunicado oficial do resultado da reunião. Pimentel é um dos
interlocutores e amigos mais próximos da presidente Dilma - os dois
estão em viagem pela Índia e só devem retornar ao País no domingo.
"Embora
correto o voto do conselheiro Roberto Caldas de que, em linha de
princípio, atos anteriores à investidura do ministério não são da
competência da comissão, alude o próprio voto a situações
excepcionalíssimas em que atos anteriores possam comprometer a
autoridade e exigir providência da comissão", disse Pertence.
A
oposição vê semelhanças entre a situação de Pimentel e a do ex-ministro
da Casa Civil Antonio Palocci, que saiu do governo devido à denúncia de
ter o patrimônio ampliado em 20 vezes após a prestação de serviços de
consultoria.
Cultura
A Comissão de Ética
decidiu também pedir esclarecimentos à ministra Ana de Hollanda
(Cultura) por ter recebido camisetas da escola de samba Império Serrano
para desfilar no Carnaval. O brinde foi enviado seis meses após o
ministério zerar a inadimplência da agremiação carioca, desbloqueando o
CNPJ.
Diário do Nordeste
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