domingo, 25 de março de 2012

Egito tem novo conflito ligado a futebol com feridos e criança morta

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A torcida do Al Masry protestou com veemência por causa da suspensão de dois anos sem participar de competições oficiais
FOTO: REUTERS
Torcedores da equipe do Al Masry protestaram contra punição aplicada ao clube e enfrentaram forças de segurança

Cairo A tranquilidade voltou ontem à cidade egípcia de Port Said, no Egito, onde se desdobrou um maior número de policiais após os violentos distúrbios registrados durante a madrugada, nos quais uma criança morreu e 23 pessoas ficaram feridas.

Segundo uma fonte de segurança, a localidade mediterrânea, cenário da maior tragédia do futebol no Egito em fevereiro passado, está sob o controle das forças da ordem.

As autoridades reforçaram especialmente a segurança em torno da sede da Companhia do Canal de Suez, onde se produziram os maiores choques entre torcedores do clube local Al Masry e a Polícia. Dezenas de pessoas ficaram feridas e um menino de 13 anos de idade foi morto nos confrontos.

O enfrentamento ocorreu após a equipe do Al Masry ter sido suspensa por dois anos, como punição por um incidente em seu estádio, em fevereiro último, em que 74 pessoas foram mortas. A suspensão do Al Masry significa que o time ficará impedido de participar de competições até o final de 2013.

Segundo o jornal "Al Ahram", o menino de 13 anos morreu em um hospital após ter levado um tiro nas costas. Outras duas pessoas estão hospitalizadas após terem levado tiros.

O Exército tentou impedir que os torcedores revoltosos alcançassem o Canal de Suez, o que gerou enfrentamentos.

O time do Al Ahly, que disputava o jogo contra o Al Masry em fevereiro, também sofreu uma punição, ainda que mais branda. A equipe terá de disputar quatro jogos sem a presença de sua torcida. Além disso, o treinador e capitão da equipe foram suspensos e terão de pagar multas.

Os torcedores do Al Ahly, que foram o principal alvo da violência da torcida rival, em fevereiro, consideraram a punição aplicada ao Al Masry muito branda e anunciaram um protesto no estádio de sua equipe hoje.

Os jogos dos dois times sempre exigiram reforço na segurança. A partida de fevereiro terminou com uma vitória do Al Masry sobre o rival por 3 a 1, mas assim que o jogo terminou, torcedores do time vencedor invadiram o campo, agredindo jogadores e torcedores do al-Ahly.

Na ocasião, houve relatos de que a polícia teria deliberadamente deixado de coibir a violência dos torcedores ou até mesmo permitido que alguns trouxessem facas e outras armas para dentro do estádio.

O confronto com mortos provocou uma onda de protestos violentos e choques com as forças de segurança que matou outras 16 pessoas. O promotor-chefe do Egito acusou 75 pessoas de assassinato ou negligência pela violência de fevereiro. Nove policiais estavam entre os punidos.

Orquestrada

Os torcedores de futebol mais fervorosos, conhecidos como ´´ultras´´, são famosos pela violência. Eles também tiveram um papel importante nos protestos que provocaram a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado, em especial os fãs do Al Ahly. 
 
Diário do Nordeste

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