Foi
protocolado e lido na Sessão da Câmara Municipal de Tianguá na última
segunda-feira dia 27/02/2012 o PL 13/2012, "Projeto de Lei da Ficha
Limpa" de âmbito municipal, de autoria do vereador CARLOS BEVILÁQUA
do PPL (Partido Pátria Livre). O referido Projeto de Lei disciplina as
nomeações para cargos em comissão, no âmbito dos órgãos do poder executivo e
legislativo municipal. O vereador espera com entusiasmo a aceitação e aprovação
de todos os nobre Edis, e aguarda a aprovação do referido projeto já nas
próximas sessões dia 05 ou 19 de março/2012 à partir das 20:00h,
seguindo a sanção da prefeita Natália Felix da Frota. O PL
13/2012 com sua aprovação, tornando "LEI MUNICIPAL" obrigará a
prefeita e o presidente da câmara dentro de um prazo de 90 (noventa) dias
à partir da publicação da lei exonerar todos os ocupantes de cargos de
provimento em comissão, na situação prevista no art. 1o. do PL, ou
seja, pessoas que estão enquadrados como FICHA SUJA estarão vedadas suas
nomeações.
O vereador aguarda a mobilização de apoio quanto a aprovação da referida lei das entidades sociais, civis, religiosas, classe estudantil e toda a sociedade tianguaense, no tocante inclusive de acompanhamento na câmara e manifestações
O vereador aguarda a mobilização de apoio quanto a aprovação da referida lei das entidades sociais, civis, religiosas, classe estudantil e toda a sociedade tianguaense, no tocante inclusive de acompanhamento na câmara e manifestações
Agradeço ao Vereador Carlos Bevilaqua que nos enviou para nosso email o texto acima.
Esperamos
a aprovação do
“Projeto de Lei da Ficha Limpa” para que venha trazer mais interesse, participação e
otimismo para os que estavam já desiludidos com a política. Vamos fazer valer a
ética na política e superar a desvalorização do voto e a omissão que se
expressa nos votos nulos, votos em branco e o não comparecimento às urnas.
De
agora em diante a impunidade não tem mais a última palavra. Chegou a hora da
ética, do bem comum, dos direitos do povo, da cidadania. Estamos caminhando
rumo à maturidade democrática. É preciso cortar o mal pela raiz. Com a ficha
limpa não precisaremos mais de 'faxinas'. Que os partidos e os eleitores
exerçam eles mesmos o controle sobre seus candidatos. Um povo cansado pelos
maus tratos da política suja, agora pode reavivar sua esperança. Vamos, pois
abandonar a complacência com a corrupção e a impunidade.
Tianguá Repórter ( Tiago Souza)
Ficha Limpa
Toda pessoa, que se preza, faz tudo que está ao
seu alcance para ter uma “Ficha limpa” perante si, no meio de sua família,
diante de sua vizinhança, no seu ambiente de trabalho e em face das
instituições da sociedade. Antes de tudo, ter “Ficha limpa” é uma questão de
dignidade que tem na transparência uma exigência fundamental. Com
efeito, a “Ficha limpa” pressupõe sempre transparência na vida das pessoas e
das instituições, ao longo de sua história. Na realidade, a pessoa fala mais ao
universo do seu relacionamento pelo que é e pelo que faz do que através daquilo
que diz. Quando são levados em consideração o passado e o presente das pessoas,
na sua expressão individual, familiar, profissional e política, todos concordam
que a linguagem das atitudes tem uma força maior do que o peso da palavra. Em
qualquer dessas esferas, a pessoa deve ter uma “Ficha limpa”, na condição de um
de seus membros, sob pena de ficar comprometida a sua imagem ou de perder a sua
credibilidade, caso seu projeto de vida conte com a participação da sociedade.
A atividade política situa-se, precisamente,
nessa esfera. O homem e a mulher que abraçam a carreira política, pela via
partidária, devem ter uma “Ficha limpa”, ao se apresentarem ao eleitorado, na
busca de seu voto, quando concorrem a cargo público, no âmbito do poder
executivo ou legislativo, no nível municipal, estadual e federal. Ética e
moralmente, nada mais normal do que isso. Todavia, uma política viciada, no
Brasil, tem adotado práticas incompatíveis com os direitos da cidadania. Na
esteira de inúmeras irregularidades, muitos políticos construíram estruturas de
dominação, criaram “currais eleitorais”, mantiveram eleitores no “cabresto”,
tornaram-se mestres na corrupção, driblaram a legislação eleitoral e, assim, se
perpetuaram no poder, apesar de terem uma reconhecida “ficha suja”. Essa
situação vigora, há bastante tempo, em decorrência da indiferença, omissão e
cumplicidade da sociedade.
Felizmente, há fatos na linha da mudança dessa
situação, em razão da conscientização, mobilização e pressão da sociedade. Dois
exemplos confirmam que a sociedade vive um tempo de mudança nesse sentido.
Primeiramente, a Lei 9840/99, uma Lei de iniciativa popular “para combater a
compra de votos e todo tipo de corrupção eleitoral”, é uma conquista que já
produziu muitos frutos, enquanto mantém a sociedade civil organizada e
vigilante e afastou políticos corruptos do exercício de seu mandato eletivo. Em
segundo lugar, a exigência da “Ficha limpa”, outra Lei de iniciativa popular,
com mais de 1.600.000 assinaturas, é outra confirmação da força da sociedade.
Foi aprovada, recentemente, pelo Congresso Nacional, seguramente, não pela
convicção da maioria dos parlamentares sobre a matéria, mas pelo temor de ir na
contramão da vontade da sociedade. Sancionada pelo Presidente da República,
essa Lei dispõe sobre medidas importantes: 1) Políticos condenados por um órgão
colegiado não podem se candidatar a cargos eletivos. Neste caso, a pessoa
condenada pode apresentar recurso, com efeito suspensivo, contra uma decisão de
segunda instância a uma instância superior; 2) tornam-se inelegíveis aqueles
que cometerem crimes como a corrupção e gasto ilícito de campanha, doação
ilícita e/ou compra de votos, crimes ambientais graves e contra a saúde
pública, abuso de autoridade, racismo, tortura, terrorismo, hediondos, entre
outros; 3) torna-se inelegível o parlamentar que renunciar ao mandato para
evitar o seu julgamento, por quebra de decoro; 4) o período de inelegibilidade
passa de três para oito anos.
A exigência da “Ficha limpa”, uma conquista de qualidade da
“participação popular”, representa um “aprimoramento democrático”, por
exigir de todos os cidadãos uma nova mentalidade, especialmente dos
candidatos e dos eleitores brasileiros. Os benefícios sociais, políticos
e financeiros dessa conquista serão contabilizados a curto, médio e
longo prazos. A história mostrará isso!
0 comentários:
Postar um comentário
Todos os comentários são lidos e moderados previamente
São publicados aqueles que respeitam as regras abaixo:
-Seu comentário precisa ter relação com o assunto da matéria
- Não serão aceitos comentários difamatórios
- Em hipótese alguma faça propaganda de outros sites ou blogs
Os Comentários dos leitores não refletem as opiniões do do TR.