O futuro de Fortaleza precisa ser discutido, com muita clareza, pelos representantes dos seus vários segmentos
A última diretoria do Centro Industrial do Ceará (CIC), presidida pela senhora Roseane Medeiros, cujo mandato ficou encerrado na última semana, deixou um importante legado para a campanha eleitoral deste ano, no Município de Fortaleza.
O livro, denominado de "Fortaleza em Projeto - contribuições técnicas e políticas para um programa de Governo", um trabalho extraído da discussão sobre os problemas da cidade, com a participação de acadêmicos e outros representantes de segmentos importantes da cidade tem tudo para ser um indutor dos debates sobre as atuais e futuras questões da administração.
É significativo o trabalho, exatamente pela falta de propostas dos pretensos candidatos à Prefeitura de Fortaleza, tema, aliás, já abordado neste espaço. A discussão sobre os problemas da cidade e as propostas para solucioná-los nunca devem estar circunscrito ao curto espaço determinado pela Justiça Eleitoral, para a utilização pelos políticos, nos dois últimos meses que antecedem o processo de votação, neste ano no dia 7 de outubro.
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Ao contrário, isso precisa ser feito, e com toda a veemência possível, bem antes do período oficial reservado às eleições. O horário gratuito no rádio e na televisão, como tem sido utilizado, ao longo dos anos, não passa realmente de um espaço reservado à propaganda eleitoral, enquanto os fortalezenses, como de resto todos os brasileiros, precisam é de conhecer as propostas daqueles interessados em gerir seus municípios com as soluções dos problemas e mazelas das administrações e isso demanda tempo.
O livro ofertado pelo CIC, não pode e muito menos deveria ter o mesmo fim dos diversos outros trabalhos apresentados em épocas eleitorais: o do esquecimento. A própria entidade motivadora do seu surgimento precisa cobrar pronunciamentos dos candidatos sobre as ideias e sugestões ali expostas para, em seguida, com a força conferida pelo status dos seus integrantes, e o respaldo de outros setores da comunidade, cobrar compromissos de todos aqueles interessados em ser prefeito.
Dividido em oito capítulos, o documento registra artigos de vinte personalidades do meio acadêmico, da administração pública e do empresariado discorrendo sobre temas ligados ao Governo municipal como os de construção do futuro da cidade, políticas de desenvolvimento urbano e mobilidade urbana, políticas sociais básicas, desenvolvimento sustentável, integração com a Região Metropolitana, finanças municipais e políticas municipais suplementares.
Indicação
A três meses da oficialização dos nomes que estarão na disputa pela Prefeitura, não há indicação de termos uma boa lista de postulantes, pessoas com as qualificações reclamadas para a gerência desta metrópole, com as deficiências comuns a todas as suas iguais, além daquelas aqui criadas, por falhas ou omissões dos nossos próprios gestores ao longo de muitos anos. Em razão disso, o trabalho ofertado pelo CIC veio ao encontro do socorro que o futuro da cidade Fortaleza reclama.
Avanço
A sucessão na Capital cearense, na última semana, avançou no sentido de distanciar mais ainda o governador Cid Gomes (PSB) da prefeita Luizianne Lins (PT). As declarações da prefeita à TV Diário, manchete do Diário do Nordeste da última terça-feira, sobre o PT fazer oposição ao Governo estadual caso o PSB não apoie o seu candidato, avaliadas como uma ameaça, foi o fato político-partidário de maior importância. Cid Gomes não se manifestou, mas alguns dos seus aliados fizeram questão de dar exemplos de reações dele às ameaças recebidas.
Luizianne aguarda uma ligação do governador para tratar da sua sucessão. Mas é improvável que isso aconteça antes de ele conversar com o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão e da própria Luizianne resolver o problema interno da escolha do nome petista.
O seu preferido, em havendo uma prévia, tendo tudo para ser o escolhido, ela tem a maioria do diretório municipal. Mas, enquanto isso não acontecer, o partido tem outros pretendentes, principalmente o deputado federal Artur Bruno.
A prefeita, na última terça-feira à noite, em Brasília, levou Elmano de Freitas, o seu preferido, para conversar com o senador Eunício Oliveira, presidente estadual do PMDB. Ela e o senador conversaram muito, jantaram bem, evidente, mas Luizianne só conseguiu de Eunício Oliveira a informação oficial de que o PMDB de Fortaleza, apesar da manifestação isolada de alguns dos seus filiados na Capital, acompanhará o PSB, na disputa de outubro próximo.
EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA
A última diretoria do Centro Industrial do Ceará (CIC), presidida pela senhora Roseane Medeiros, cujo mandato ficou encerrado na última semana, deixou um importante legado para a campanha eleitoral deste ano, no Município de Fortaleza.
O livro, denominado de "Fortaleza em Projeto - contribuições técnicas e políticas para um programa de Governo", um trabalho extraído da discussão sobre os problemas da cidade, com a participação de acadêmicos e outros representantes de segmentos importantes da cidade tem tudo para ser um indutor dos debates sobre as atuais e futuras questões da administração.
É significativo o trabalho, exatamente pela falta de propostas dos pretensos candidatos à Prefeitura de Fortaleza, tema, aliás, já abordado neste espaço. A discussão sobre os problemas da cidade e as propostas para solucioná-los nunca devem estar circunscrito ao curto espaço determinado pela Justiça Eleitoral, para a utilização pelos políticos, nos dois últimos meses que antecedem o processo de votação, neste ano no dia 7 de outubro.
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Ao contrário, isso precisa ser feito, e com toda a veemência possível, bem antes do período oficial reservado às eleições. O horário gratuito no rádio e na televisão, como tem sido utilizado, ao longo dos anos, não passa realmente de um espaço reservado à propaganda eleitoral, enquanto os fortalezenses, como de resto todos os brasileiros, precisam é de conhecer as propostas daqueles interessados em gerir seus municípios com as soluções dos problemas e mazelas das administrações e isso demanda tempo.
O livro ofertado pelo CIC, não pode e muito menos deveria ter o mesmo fim dos diversos outros trabalhos apresentados em épocas eleitorais: o do esquecimento. A própria entidade motivadora do seu surgimento precisa cobrar pronunciamentos dos candidatos sobre as ideias e sugestões ali expostas para, em seguida, com a força conferida pelo status dos seus integrantes, e o respaldo de outros setores da comunidade, cobrar compromissos de todos aqueles interessados em ser prefeito.
Dividido em oito capítulos, o documento registra artigos de vinte personalidades do meio acadêmico, da administração pública e do empresariado discorrendo sobre temas ligados ao Governo municipal como os de construção do futuro da cidade, políticas de desenvolvimento urbano e mobilidade urbana, políticas sociais básicas, desenvolvimento sustentável, integração com a Região Metropolitana, finanças municipais e políticas municipais suplementares.
Indicação
A três meses da oficialização dos nomes que estarão na disputa pela Prefeitura, não há indicação de termos uma boa lista de postulantes, pessoas com as qualificações reclamadas para a gerência desta metrópole, com as deficiências comuns a todas as suas iguais, além daquelas aqui criadas, por falhas ou omissões dos nossos próprios gestores ao longo de muitos anos. Em razão disso, o trabalho ofertado pelo CIC veio ao encontro do socorro que o futuro da cidade Fortaleza reclama.
Avanço
A sucessão na Capital cearense, na última semana, avançou no sentido de distanciar mais ainda o governador Cid Gomes (PSB) da prefeita Luizianne Lins (PT). As declarações da prefeita à TV Diário, manchete do Diário do Nordeste da última terça-feira, sobre o PT fazer oposição ao Governo estadual caso o PSB não apoie o seu candidato, avaliadas como uma ameaça, foi o fato político-partidário de maior importância. Cid Gomes não se manifestou, mas alguns dos seus aliados fizeram questão de dar exemplos de reações dele às ameaças recebidas.
Luizianne aguarda uma ligação do governador para tratar da sua sucessão. Mas é improvável que isso aconteça antes de ele conversar com o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão e da própria Luizianne resolver o problema interno da escolha do nome petista.
O seu preferido, em havendo uma prévia, tendo tudo para ser o escolhido, ela tem a maioria do diretório municipal. Mas, enquanto isso não acontecer, o partido tem outros pretendentes, principalmente o deputado federal Artur Bruno.
A prefeita, na última terça-feira à noite, em Brasília, levou Elmano de Freitas, o seu preferido, para conversar com o senador Eunício Oliveira, presidente estadual do PMDB. Ela e o senador conversaram muito, jantaram bem, evidente, mas Luizianne só conseguiu de Eunício Oliveira a informação oficial de que o PMDB de Fortaleza, apesar da manifestação isolada de alguns dos seus filiados na Capital, acompanhará o PSB, na disputa de outubro próximo.
EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA
Diário do Nordeste
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