segunda-feira, 19 de março de 2012

Mais de 14 mil cearenses penhoraram itens em 2011

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Penhor da Caixa totalizou 148.701 contratos firmados no Ceará no último ano
FOTO: KIKO SILVA
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Transações desse tipo movimentaram o equivalente a R$ 129,8 milhões no Estado durante o ano passado

Sabe aquele objeto de valor que você raramente usa ou deixa guardado a sete chaves para não correr o risco de alguém furtá-lo ou o mesmo se perder? Estes itens, mesmo sem serem vendidos, podem ser de grande utilidade caso sua situação financeira não esteja boa. É que, com juros relativamente baixos para uma linha crédito (de 2% a 2,4% ao mês), o penhor da Caixa Econômica Federal vem se popularizando no Ceará, onde ano passado foi utilizado por 14.605 pessoas, em transações que movimentaram o equivalente a R$ 129,8 milhões no Estado.

No total, foram 148.701 contratos firmados no Ceará para esta linha de crédito em 2011.

A concessão é feita mediante a garantia de joias, metais nobres, utensílios, diamantes lapidados, pérolas, relógios, canetas e pratarias (estes três últimos originais e de valor significativo).

O crédito disponibilizado corresponderá a 85% do valor de avaliação do bem empenhado.

Nacionalmente, 782.612 pessoas, incluindo o Ceará, penhoraram algum item na Caixa em 2011. A movimentação total chegou a marca de R$ 7 bilhões, em um total de R$ 8 milhões de contratos firmados.

Em relação a 2010, a aplicação na carteira do penhor cresceu, em todo o Brasil, 20,46% no ano passado.

Pagamento

Basicamente, a forma de pagamento do penhor da Caixa é por amortização única, com a quitação do empréstimo e resgate do objeto penhorado. O empréstimo pode ser pago em prazos que podem ser de 30, 60, 90 ou 180 dias, renováveis desde que sejam pagos os devidos encargos.

A taxa de juros do penhor é de 2% ao mês para a faixa de até R$ 1,5 mil e 2,4% ao mês para os empréstimos que se encontrarem acima desse valor.

O resgate do bem dado como garantia também poderá ser antecipado, com direito a desconto promocional nos juros.

Tal procedimento pode ser efetuado pelo mutuário ou endossatário, com a apresentação da cautela, e, quando for o caso, por procuração com poderes específicos de terminados.

Quando efetuado por representante legal, exigi-se a apresentação do documento de RG.

Restrições

Como a garantia do empréstimo é o próprio objeto empenhado, alguns itens específicos não são aceitos pela Caixa. São eles: peças confeccionadas em ouro com teor inferior a 12 quilates, exceto quando contiverem adorno de valor significativo ou apresentarem valor histórico ou artístico; joias que contenham enchimento de metal não-nobre, em percentual superior a 50%, além de peças confeccionadas em prata-paládio, exceto quando individualmente alcançarem o valor máximo de concessão ou com adorno de valor significativo.

O limite mínimo para penhorar um item é de R$ 50 e o máximo pode alcançar até o valor de R$ 100 mil.

Para analfabetos ou portadores de deficiência física que os impeçam de ler ou escrever, só é permitida a concessão de crédito se houver um instrumento público de mandato, com poderes específicos para tomar empréstimo, firmar compromisso em título de crédito e constituir garantia. Somente as pessoas físicas podem fazer a penhora de um artigo, muito embora quando na hora do leilão as empresas possam participar.

Perfil dos tomadores

Dentre os tomadores do empréstimo sob penhor, as mulheres são a maioria dos clientes (74%), sendo 55% na faixa etária dos 35 a 50 anos.

A Caixa constatou, por meio de entrevistas em todas as regiões do Brasil, que o penhor de joias é usado na maioria das vezes para o pagamento de dívidas pessoais (70% dos entrevistados) e que 51% dos tomadores têm renda média mensal familiar entre cinco e vinte salários mínimos. 
 
Diário do Nordeste

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