Heitor
Férrer entre os dirigentes estadual (André Figueiredo) e municipal
(Papito Oliveira), no encontro em que ele foi apresentado como candidato
da agremiação à Prefeitura da Capital, em outubro deste ano
FOTO: JOSÉ LEOMAR
O partido espera fazer uma aliança, e portanto, deixou a vaga de vice para tornar mais fácil os entendimentos
Foi
oficializada, na manhã de ontem, a pré-candidatura do deputado estadual
Heitor Férrer (PDT) à Prefeitura de Fortaleza. O nome para ser o vice
ficou em aberto, tendo em vista a perspectiva de uma aliança, até a
realização das convenções partidárias, no mês de junho. A antecipação do
anúncio, feito pelos dirigentes do diretório estadual e do diretório
municipal de Fortaleza, serviu para acabar com as especulações dentro do
próprio partido e para garantir ao deputado já poder falar como
candidato à Prefeitura.
Antes da solenidade, no Comitê de
Imprensa da Assembleia, o deputado Heitor Férrer falou sobre suas
principais metas e já distribuiu algumas críticas à administração
municipal quando fez referências às questões relacionadas à saúde
pública, educação e mobilidade urbana.
Segundo o deputado, esses
principais pontos de qualquer administração municipal, são os que
apresentam maior deficiência na gestão Luizianne Lins (PT). "Fortaleza,
hoje, é o quarto pior Município do Estado em educação pública e o quinto
pior em atendimento de saúde pública, dados que são um verdadeiro
certificado da ineficiência administrativa da atual gestão", declara o
pré-candidato.
Transparência
Criticando
os atuais critérios para a nomeação de servidores da gestão Luizianne
Lins, sem descer a detalhes, embora estivesse se dirigindo ao problema
dos terceirizados e de diretores de escolas municipais, Férrer promete,
sendo eleito, também priorizar a transparência das contas públicas e os
investimentos em moradia popular.
O deputado promete fazer uma
campanha limpa: "não faremos oposição a pessoas, e sim ao modelo
administrativo atualmente empregado em Fortaleza. Queremos uma gestão
onde os critérios técnicos superem os políticos na hora da nomeação de
cargos importantes", atesta.
O pré-candidato ainda aproveitou a
ocasião para divulgar um "termo de compromisso", onde propôs a
aplicação, caso eleito, da Lei da Ficha Limpa na nomeação de todos os
servidores da administração municipal.
Dirigentes dos diretórios
estadual e municipal do partido dizem estar trabalhando a formação de
uma aliança para ampliar os apoios à Heitor. Segundo o presidente do PDT
no Ceará, deputado federal André Figueiredo, o partido pretende formar,
já no primeiro turno, uma coligação com o PPS, PR e PV.
Figueiredo
destaca ainda que o nome de Férrer foi escolhido em consenso na
legenda, e conta que o "sonho" do PDT seria poder contar com o apoio do
governador Cid Gomes no caso de um eventual segundo turno na disputa de
outubro próximo.
"Não vetamos o apoio de ninguém. Qualquer
legenda que quiser construir um projeto eficiente para Fortaleza poderá
debater conosco, mas admito que nosso sonho seria poder contar com o
apoio do governador no caso de um segundo turno", declara Figueiredo.
Prestigiada
Férrer,
atualmente uma das vozes de oposição ao Governo do Estado na
Assembleia, afirma que, caso eleito, tentaria fazer um Governo em
parceria com Cid Gomes. "Se o governador entender que a candidatura é
boa para Fortaleza, nós estenderemos um tapete vermelho para ele, mas
não mudaremos nosso posicionamento ideológico", assevera o Heitor
Férrer.
O ato foi prestigiado por diversos lideranças partidárias
do Estado, como o presidente regional do PCdoB, Carlos Augusto
Diógenes, o Patinhas, além dele, compareceram à cerimônia o presidente
do PPS no Ceará, Alexandre Pereira, o presidente regional do PP, Jaime
Cavalcante, partidos com os quais os dirigentes do PDT estão negociando
aliança, todos os deputados estaduais do PDT (Patrícia, Ferreira Aragão e
Delegado Cavalcante) e vereadores da agremiação.
O deputado
federal Edson Silva, ex-filiado ao PDT, por quem disputou a Prefeitura
de Fortaleza, deputados estaduais de outras legendas, como do PV e do
PSDB, o presidente do sindicato dos médicos do Ceará, José Maria Pontes
(ex-PT) e militantes do partido também estavam lá.
Diário do Nordeste
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