sexta-feira, 9 de março de 2012

Potências fazem pressão em busca de acordo com Irã

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O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, considerou as declarações de Barack Obama sobre a necessidade de diminuir o tom sobre guerras contra o Irã como uma janela de oportunidade diplomática
FOTO: REUTERS
EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China tentam diálogo antes de um possível ataque ao país
Teerã. Seis potências mundiais reforçaram ontem o pedido para que o Irã retome negociações "sérias" e sem "pré-condições" sobre seu programa nuclear, um dia após a União Europeia (UE) ter divulgado o lançamento da nova rodada de conversações.

Reunidos em Viena, os integrantes do grupo conhecido como P5+1 (Grã-Bretanha, Estados Unidos, França, Alemanha, Rússia e China) emitiram um comunicado pressionando Teerã para dar início a um diálogo que produza "resultados concretos".

Especialistas avaliam que este pode ser o último esforço diplomático para resolver a crise em torno do programa nuclear iraniano. Se ele falhar, uma ação militar pode se tornar muito mais provável.

O texto do P5+1 diz ainda que as negociações devem dar atenção às "continuadas preocupações da comunidade internacional e que devem incluir ainda sérias discussões sobre medidas concretas para restaurar a confiança" no programa nuclear da República Islâmica.

O grupo também mostrou-se preocupado com as últimas visitas de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que não resolveram questões importantes como a situação no complexo de desenvolvimento nuclear de Parchin.

Membros da agência estiveram no local pela última vez em 2005, e tiveram acesso negado no mês passado.

Na última segunda, o país disse que está preparado, sob certas condições, para permitir a entrada de inspetores a essas instalações consideradas estratégicas ao programa iraniano.

O complexo, localizado 30 km ao sudeste de Teerã, é destinado à pesquisa, desenvolvimento e produção de munição, foguetes e explosivos.

Oportunidade

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, saudou os comentários do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a necessidade de diminuir o tom sobre guerras e considerou as declarações como uma "janela de oportunidade" diplomática, afirmou ontem a agência de notícias estatal iraniana "Irna".

"Nós ouvimos há dois dias que o presidente dos Estados Unidos disse que não estavam pensando sobre uma guerra com o Irã. Estas palavras são boas e uma saída da ilusão", disse o líder supremo.

Khamenei, porém, disse que Obama também havia falado sobre "fazer o povo iraniano se ajoelhar por meio das sanções. Essa parte dos comentários dele mostra que a ilusão continua".

Os EUA e os aliados europeus estenderam as sanções econômicas contra a República Islâmica para tentar conter o seu controverso programa nuclear.

Diário do Nordeste

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