O
procurador regional eleitoral, Márcio Torres, recebeu uma equipe de
promotores eleitorais para debater como deverá ser a distribuição de
tarefas em relação ao acompanhamento das eleições municipais no Ceará
FOTO: RODRIGO CARVALHO
Durante o encontro, os promotores solicitaram meios para fortalecer o trabalho de fiscalização durante a campanha
Promotores
eleitorais de Fortaleza que irão atuar na área da propaganda durante o
processo eleitoral deste ano se reuniram, ontem, com o procurador
regional eleitoral, Márcio Torres, para traçar algumas estratégias de
trabalho. Embora o encontro de ontem tenha sido considerado positivo
pelo procurador Márcio Torres, há necessidade de outras reuniões, sendo a
próxima no dia 26 deste mês com um grupo maior de promotores da
Capital.
Participaram da reunião de ontem os promotores
eleitorais da 2ª zona - Valesca do Vale; da 82ª - Sônia Bandeira e; da
117ª zona - Pedro Casimiro Oliveira. Para que possam desenvolver um bom
trabalho eles solicitaram apoio, principalmente de veículos para a
fiscalização, como máquinas fotográficas e funcionários para auxiliar,
inclusive nas pesquisas a serem feitas via Internet.
O Procurador
diz que reconhece as dificuldades e vai procurar ajudar, inclusive
ampliando o número de promotores a atuarem em cada área. A ideia é
envolver os 13 promotores eleitorais no maior número possível de
atribuições. Apenas os três promotores citados estão com atribuições
específicas sobre propaganda, mas na reunião do próximo dia 26 o
procurador Márcio Torres pretende apresentar uma minuta de portaria,
designando mais três promotores para a propaganda.
Atribuições
Ele
explicou que na eleição as atribuições de um membro do Ministério
Público Eleitoral são diferentes das de um juiz porque a função do juiz é
decidir sobre o que for apresentado. Para o promotor, há mais trabalho
porque ele tem que investigar as irregularidades, propor a ação,
acompanhar o andamento e, se for o caso, apresentar o recurso.
Márcio
Torres esclarece também que deseja envolver todos os promotores em
diferentes atribuições porque o trabalho é muito intenso, em
determinados períodos para os que têm atribuições específica. Como
exemplo, ele diz que os promotores para atuar na fase de registro terão
muito trabalho em um determinado período, mas antes e depois ficam com
uma carga menor de trabalho. Então, o que pretende é fazer com que todos
tenham uma carga de trabalho semelhante em todas as fases do processo
eleitoral.
No momento, os promotores trabalham com propaganda
antecipada. Várias representações foram ajuizadas no interior, algumas
delas já foram inclusive julgadas pelo TRE. Em Fortaleza já existem
algumas investigações sendo realizadas, inclusive contra vereadores. As
principais irregularidades identificadas, na área de propaganda, dizem
respeito a publicação de tabloides, adesivos, faixas e entrevistas em
emissoras de rádio.
Dirigentes
O
procurador Márcio Torres informou que pretende se reunir também, em data
ainda a ser definida, com os dirigentes dos partidos políticos para
solicitar que evitem pedir o registro de candidatos que não reúnem
condições de elegibilidade. Ele se refere, especificamente, àqueles que
não têm condições de obter as certidões a serem apresentadas juntamente
com o pedido de registro da candidatura. Há candidatos que apresentam a
documentação, mas algumas certidões são fornecidas somente quando o
processo é convertido em diligência.
Com a declaração de
constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e sua aplicabilidade para as
eleições deste ano, entende o procurador Márcio Torres que o trabalho do
Ministério Público Eleitoral, na campanha de 2012, será bem maior que
nas eleições anteriores.
Ele reconhece que no caso específico de
gestores condenados por Tribunais de Contas não há ainda uma posição
fechada em matéria de jurisprudência, principalmente quando se trata de
prestação de Contas de Governo, situação em que o Tribunal atua como
órgão auxiliar do Legislativo. Mas, independentemente dessa questão, a
expectativa é de que seja grande a quantidade de gestores que não
poderão concorrer porque têm contas desaprovadas.
Como os
tribunais de contas dispõem de um prazo para fornecer à Justiça
Eleitoral a relação de gestores com as contas desaprovadas, e não é
possível antecipar esse trabalho, a Procuradoria Regional Eleitoral já
está fazendo um levantamento de informações sobre políticos que tiveram o
mandato cassado e não poderão concorrer nas próximas eleições
municipais.
Diário do Nordeste



















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