Segundo
especialistas, o evento geomagnético foi o mais importante desde 2004.
Outra atividade solar é esperada para este fim de semana
FOTO: REUTERS
A atividade não tem impacto direto sobre as pessoas, mas pode afetar satélites, GPS e redes de energia
Houston.
A tempestade solar que atinge a Terra desde a última quinta-feira está
mais forte do que os cientistas identificaram inicialmente. Ontem, a
Nasa informou que a tempestade geomagnética foi elevada do nível G1 ao
nível G3, em uma escala que vai de G1 a G5, onde G5 é o mais forte.
O
fenômeno não tem impacto direto sobre as pessoas nem sobre a natureza,
mas pode afetar o funcionamento de satélites, GPS e redes de energia.
Além disso, a interferência causada pela radiação solar fez com que
algumas companhias desviassem a rota dos voos próximos aos polos.
Nos
estados do norte dos Estados Unidos, como Wisconsin, Michigan e
Washington, houve registros de um espetáculo de luz noturna, causado
pela aurora boreal, quando partículas altamente carregadas interagem com
o campo magnético da Terra, criando um brilho colorido.
No
começo da semana, o Sol emitiu uma nuvem de partículas e radiação, que
interagiu com a Terra, trazendo todas essas consequências. Essa erupção
solar foi considerada a mais forte nos últimos cinco anos.
Na
quinta-feira, a tempestade geomagnética provocada pela atividade do Sol
deu sinais de que seria fraca. Porém, uma mudança de direção nos campos
magnéticos das nuvens emitidas pelo astro fez com que a tempestade
ganhasse força. O evento geomagnético foi o mais importante desde 2004,
disseram ontem especialistas americanos, que esperam mais atividade para
este fim de semana.
"Acabamos recebendo alguma coisa do forte
impacto que esperávamos", disse o especialista da Administração Nacional
Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Bob Rutledge. Ele explicou
que a mudança se deveu a uma alteração no campo magnético dentro da
ejeção de massa coronal que explodiu fora do Sol.
Embora ontem se
esperasse uma redução paulatina da tempestade, Rutledge advertiu sobre a
possibilidade de mais alterações até amanhã devido a uma erupção
durante a noite na mesma região solar conhecida como 1429, que tem
estado em atividade desde o começo da semana.
A labareda solar
atingiu nível dois em uma escala de cinco e não foi tão grande quanto a
erupção de terça, mas se combinou a uma ejeção de massa coronal que,
segundo Rutledge, se dirigirá para a Terra amanhã.
A
intensificação das erupções solares é também mais frequente quando o sol
termina um ciclo de atividade para iniciar outro mais ativo, como é o
caso desde janeiro de 2008. As tempestades solares observadas há vários
séculos provocaram alterações de rotina. Em 1989, em Quebec, no Canadá, a
cidade ficou sem energia devido a uma pane no sistema elétrico em
decorrência do fenômeno.
A atividade aumentada do Sol atrapalhou o
funcionamento da sonda europeia Vênus Express. Seus dois rastreadores
estelares pifaram depois de uma erupção solar no dia 6.
FIQUE POR DENTRO
Fenômeno pode ser frequente
As
tempestades geomagnéticas e de radiação são cada vez mais frequentes à
medida que o Sol evolui de seu período de mínima a máxima atividade nos
próximos anos, mas as pessoas geralmente são protegidas pelo campo
magnético da Terra. No entanto, alguns especialistas estão preocupados
porque, como a dependência da tecnologia de satélites GPS é maior do que
durante o último máximo de atividade solar, poderia haver maiores
transtornos.
Diário do Nordeste
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