sábado, 17 de março de 2012

Ceará cria menos vagas, mas ainda lidera no NE

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Indústria de calçados teve saldo negativo de 893 postos no último mês
FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR
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Oportunidades geradas em fevereiro deste ano representam queda de 36,69% ante igual mês de 2011

A geração de emprego no Ceará retomou o crescimento no segundo mês de 2012, depois de ter contabilizado -2.664 postos em janeiro. No entanto, o saldo positivo de 3.667 vagas formais que lideraram este indicador na região Nordeste também mostrou o Estado ainda em queda quando comparado a fevereiro de 2011, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A retração nesta comparação foi 36,69%, fazendo com que o mês fosse o primeiro a registrar redução no número de empregos formais no Estado desde 2009. Antes disso, os dados indicam que o Ceará acumulava perdas ao longo dos últimos oito anos, pelo menos.

No balanço, foram 37.764 admissões contra 34.097 demissões, segundo o Caged, em fevereiro de 2012.

Setores

Influenciando diretamente no saldo positivo da região, o setor de serviços e o de construção civil despontaram no balanço. Cada um registrou, respectivamente, 3.022 e 1.926 postos formais no Estado nos 29 dias do último mês.

Já os que continuaram o ritmo de desaceleração visto no começo de 2012 foram agropecuária (-905 vagas) e a indústria de transformação (-641). Em crise desde o ano passado, este último setor teve em pior situação os segmentos têxtil e de calçados, os quais acumulam, respectivamente, -138 e -893 postos no saldo do mês e ainda -1.917 e -3.035 nos últimos 12 meses. Também fizeram parte dos pesquisados no Caged mensalmente - todos positivos - outros quatro setores: indústria de extração (saldo de 23 postos formais), serviço industrial de utilidade pública (54), comércio (188) e administração pública (zero na contagem, sem contratar, mas também sem demitir).

Rankings

Frente aos outros estados do Nordeste, a geração de empregos no Ceará liderou seguida por Sergipe (saldo de 1.284 vagas empregos formais) e Piauí (224). Todos as outras unidades da federação da região tiveram queda em seus postos, principalmente, Pernambuco, o qual contabilizou uma redução de -3.844 vagas.

Comparado aos saldos de todos os 27 estados, o cearense perde para quase todos os estados, exceto os do Norte, enquanto, no que diz respeito ao comparativo entre as regiões, o Nordeste foi o único a ter a diferença entre admissões e demissões negativa. No total, uma perda de -9.610 vagas foram registradas ao longo de fevereiro. Já Sudeste (93.266), Sul (39.522), Centro-Oeste (23.457) e Norte (3.965) atingiram todos indicadores positivos.

RMF em alta

No comparativo do mesmo mês para as maiores nove regiões metropolitanas do País, a de Fortaleza teve a melhor evolução (0,63%) ante janeiro, quando teve um saldo de 4.875 postos formais contabilizados. Apesar da melhor alta, o indicador deixou a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) em quinto no ranking das nove.

Os dados pesquisados pelo MTE ainda deram conta dos setores de serviços e construção civil, os quais, aqui, também foram responsáveis pela evolução. Os dois, respectivamente, chegaram a 2.686 e 2.143 empregos. Apenas o comércio da RMF reduziu os postos, com saldo negativo de -319. Entre as demais, Salvador (-1.661) e Recife (-283) foram as únicas negativas do comparativo, enquanto Rio de Janeiro (13.528), Belo Horizonte (8.739), Curitiba (5.075), Porto Alegre (4.395) e Belém (304) tiveram saldos positivos.

Geração de postos no Brasil cai pela metade

São Paulo. O Brasil registrou a criação de 150.600 vagas com carteira assinada em fevereiro, segundo os dados do Caged Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho (MTE). O número representa o saldo entre admissões e desligamentos no mês.

A comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 347.070 vagas, mostra uma redução de 56,6% no número de vagas criadas. Este é o pior resultado para o mês do ano desde 2009, quando foram gerados apenas 47.807 postos de trabalho.

Em janeiro, o número de vagas criadas foi de 118.895, o que também representou o pior resultado para o mês desde 2009, quando foram fechados 101.748 postos de trabalho.

No acumulado do ano, segundo o relatório do Caged, o crescimento do emprego ficou em 0,78%, representando um incremento de 293.987 postos no mercado de trabalho.

Segundo as informações do Ministério do Trabalho, o setor de serviços gerou a maior parte dos novos postos, com a abertura de 93.170 do total de 150.600 vagas. O setor do comércio foi o que apresentou o pior resultado, com o fechamento de 6.645 vagas em fevereiro.

ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER
Diário do Nordeste

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