quarta-feira, 21 de março de 2012

Decisão sobre bebidas fica para os Estados

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O ministro do esporte, Aldo Rebelo, lembra que os governadores também assinaram acordos de cooperação com a Fifa
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Sem acordo entre deputados sobre Código Florestal, votação da Lei da Copa é adiada mais uma vez na Câmara
Brasília. Por falta de acordo com a bancada ruralista, a votação da Lei Geral da Copa foi mais uma vez adiada. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), estabeleceu o prazo de 24 horas para tentar costurar um acordo com o governo. A bancada ruralista e a oposição querem a definição de uma data para a análise do Código Florestal antes de votar a lei.

Mais cedo, em meio à crise na base aliada, líderes na Câmara decidiram votar o texto original do governo sobre a Lei da Copa. A proposta não deixa clara a liberação da venda das bebidas alcoólicas nos estádios durante o mundial e a Copa das Confederações, deixando espaço para que os Estados negociem essa possibilidade com a Fifa.

Os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Aldo Rebelo (Esportes) participaram do acordo. Com isso, o governo deve jogar a responsabilidade sobre o assunto para os governadores. Segundo o relator do projeto na comissão especial, deputado Vicente Cândido (PT-SP), hoje são pelo menos sete estados que proíbem a venda de bebidas: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul. Entretanto Rebelo, lembra que os governadores das sedes firmaram compromissos com a Fifa.

"As garantias foram oferecidas pelo governo brasileiro e os governadores que participaram da candidatura do Brasil também assinaram essas garantias", disse Rebelo.

A postura foi fechada ontem após inúmeras idas e vindas do governo. Ficou definida após a avaliação de que o texto do relator, Vicente Cândido, que liberava explicitamente a bebida, podia ser derrotado. "Esse texto do governo é muito mais fácil de ser aprovado, facilitou muito", resumiu Tatto.

Código Florestal
O governo não gostou da forma adotada pelo presidente da Câmara, Marco Maia, para resolver o impasse relativo ao Código Florestal. Na reunião de líderes dos partidos da coalizão, ontem, Maia tranquilizou os que se posicionam ao lado dos ruralistas e querem modificar o texto aprovado pelo Senado.

"Com entendimento ou sem entendimento, eu vou marcar a data de votação do Código Florestal", garantiu Maia. A expectativa dos ruralistas, que ameaçam impedir a aprovação da Lei da Copa enquanto suas reivindicações não forem atendidas, é que o Código Florestal entre na pauta em abril.

Pelas contas do Planalto, se a votação do Código fosse hoje, o governo seria derrotado de goleada. É por isso que a intenção do Planalto é adiar ao máximo a apreciação do projeto, se possível para depois da Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, que será realizada em junho.


Diário do Nordeste

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