O ministro do esporte, Aldo Rebelo, lembra que os governadores também assinaram acordos de cooperação com a Fifa
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Sem acordo entre deputados sobre Código Florestal, votação da Lei da Copa é adiada mais uma vez na Câmara
Brasília. Por
falta de acordo com a bancada ruralista, a votação da Lei Geral da Copa
foi mais uma vez adiada. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco
Maia (PT-RS), estabeleceu o prazo de 24 horas para tentar costurar um
acordo com o governo. A bancada ruralista e a oposição querem a
definição de uma data para a análise do Código Florestal antes de votar a
lei.
Mais cedo, em meio à crise na base aliada, líderes na
Câmara decidiram votar o texto original do governo sobre a Lei da Copa. A
proposta não deixa clara a liberação da venda das bebidas alcoólicas
nos estádios durante o mundial e a Copa das Confederações, deixando
espaço para que os Estados negociem essa possibilidade com a Fifa.
Os
ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Aldo Rebelo
(Esportes) participaram do acordo. Com isso, o governo deve jogar a
responsabilidade sobre o assunto para os governadores. Segundo o relator
do projeto na comissão especial, deputado Vicente Cândido (PT-SP), hoje
são pelo menos sete estados que proíbem a venda de bebidas: São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Bahia e Rio Grande do
Sul. Entretanto Rebelo, lembra que os governadores das sedes firmaram
compromissos com a Fifa.
"As garantias foram oferecidas pelo
governo brasileiro e os governadores que participaram da candidatura do
Brasil também assinaram essas garantias", disse Rebelo.
A postura
foi fechada ontem após inúmeras idas e vindas do governo. Ficou
definida após a avaliação de que o texto do relator, Vicente Cândido,
que liberava explicitamente a bebida, podia ser derrotado. "Esse texto
do governo é muito mais fácil de ser aprovado, facilitou muito", resumiu
Tatto.
Código Florestal
O governo não
gostou da forma adotada pelo presidente da Câmara, Marco Maia, para
resolver o impasse relativo ao Código Florestal. Na reunião de líderes
dos partidos da coalizão, ontem, Maia tranquilizou os que se posicionam
ao lado dos ruralistas e querem modificar o texto aprovado pelo Senado.
"Com
entendimento ou sem entendimento, eu vou marcar a data de votação do
Código Florestal", garantiu Maia. A expectativa dos ruralistas, que
ameaçam impedir a aprovação da Lei da Copa enquanto suas reivindicações
não forem atendidas, é que o Código Florestal entre na pauta em abril.
Pelas
contas do Planalto, se a votação do Código fosse hoje, o governo seria
derrotado de goleada. É por isso que a intenção do Planalto é adiar ao
máximo a apreciação do projeto, se possível para depois da Rio + 20, a
Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, que será
realizada em junho.
Diário do Nordeste
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