Henrique
Eduardo Alves (PMDB ) disse que sua posição de obstruir a votação foi
para ajudar o governo, que perderia se o texto fosse a voto
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
O adiamento significa mais uma derrota para o governo que queria votar o projeto o mais rápido possível
Brasília.
Com o apoio da maioria dos partidos da base aliada ao governo, a
votação da Lei Geral da Copa foi adiada novamente ontem. O adiamento
significa uma derrota política para o governo, que queria votar o
projeto ainda nesta semana. Um dos principais fatores para o adiamento é
a posição da bancada ruralista, que exige a votação do Código Florestal
antes da Lei Geral da Copa.
Durante a votação pela retirada de
pauta do projeto da Copa, apenas o PT, PSB, PP, PC do B e PSOL se
manifestaram a favor do governo, pela votação ainda ontem. Até o PMDB,
principal aliado do Planalto, preferiu obstruir a votação.
Prevendo
que seria derrotado, o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), por
fim também liberou a base para votar como quisesse.
O deputado
Henrique Eduardo Alves (RN), líder peemedebista, explicou que sua
posição foi para ajudar o governo, pois viu que se o texto fosse a voto
ontem poderia ser derrotado. "Meu receio era perder. Estou inseguro com
relação à votação, queremos ganhar tempo para chegar a um acordo com
relação ao Código Florestal", disse.
A derrota acontece em meio à
crise na base aliada. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff
(PT) trocou seus líderes no Congresso Nacional. Esse foi o primeiro
teste do novo líder da Câmara, Arlindo Chinaglia.
Bebidas
No
plenário, os ruralistas se uniram à bancada evangélica, que é contra a
venda de bebidas alcoólicas nos estádios, para derrotar o governo.
O
presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê
Organizador Local da Copa de 2014, José Maria Marin, visitou ontem o
Congresso Nacional e afirmou que as assembleias legislativas estaduais
terão "responsabilidade" no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas
nos estádios durante os eventos da Fifa.
O texto da Lei Geral da
Copa, que vai ser votado na Câmara não fará liberação expressa da venda e
caberá a Estados e municípios que têm leis contrárias revogá-las para
atender à exigência da Fifa. "No Congresso existe essa consciência dessa
responsabilidade. Nas respectivas casas de leis dos respectivos estados
vai haver a mesma consciência e a mesma responsabilidade daquilo que é
melhor para o Brasil", afirmou Marin. Para ele, o repasse do problema
não cria "embaraço" para a organização do Mundial.
Marin
reconheceu que podem existir atrasos em algumas obras para o evento. "A
crítica de atrasos, algumas, podem até se justificar, mas felizmente a
grande maioria dos estádios está seguindo sua construção". Ele disse que
os problemas serão sanados. "Eu acredito que no devido tempo tudo
estará realizado".
A visita do novo presidente da CBF a Brasília é
em busca de acordo político. Ele assumiu o cargo neste mês substituindo
Ricardo Teixeira, que ficou 23 anos na função.
A Secretaria
Especial da Copa 2014 do Estado do Ceará (Secopa), informou ontem, por
meio de nota, que, "caso a decisão do Congresso Nacional seja transferir
a responsabilidade sobre a venda de bebidas alcoólicas para os Estados,
a Secopa esclarece que não há nenhuma lei de âmbito Estadual que proíba
a referida venda em estádios".
Diário do Nordeste
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