Tráfego de veículos pesados causa problemas para moradores
FOTOS: ELIZÂNGELA SANTOS
Caririaçu
O que poderia ser uma grande solução para contribuir com o
desenvolvimento desta cidade, acabou sendo um transtorno para moradores.
Fiações quebradas, postes destruídos, casas com rachaduras, e até
semáforos arrancados têm sido o saldo do grande fluxo de veículos
pesados que têm trafegado diariamente pelo Município de Caririaçu, desde
que foi inaugurado, há mais de cinco meses, um dos trechos da Rodovia
Padre Cícero, que dá acesso à Capital. A rodovia fica na CE-385, ligando
Caririaçu ao Distrito de Quitaiús, em Lavras da Mangabeira, no
entroncamento da BR-230, na Região Centro-Sul do Estado. O objetivo do
projeto rodoviário foi oferecer melhores condições de tráfego e
escoamento de produção.
Os moradores afirmam que o fluxo de carros pesados tem aumentado, mas há a possibilidade de construção de um desvio para evitar que haja o trânsito de caminhões e ônibus por dentro da cidade. Em duas semanas, seguidas, foram destruídos dois postes e parte da Rua Carlos Morais, no Centro da cidade, e a principal via comercial. Alguns bairros foram atingidos pela falta de energia elétrica.
Transtornos
A comerciante Marisa Santos afirma que tem sido um grande transtorno conviver com a situação. A sua loja e parte da casa em que mora apresentaram rachaduras nas paredes, em virtude do grande número de carretas e outros veículos pesados que passam por sua rua, na Carlos de Morais. Na semana passada, uma das moradoras da via diz ter chegado a contar, por duas horas, o número de ônibus que trafegava pela via. Foram mais de 60 e o fluxo dos veículos aumenta principalmente à noite.
A solução do transtorno está sendo motivo de reivindicação, por parte do Município, de um desvio pela Avenida Belo Tavares, que impede que os motoristas entrem pelo Centro da cidade. O diretor do Departamento de Trânsito Municipal (Demutran), Francisco Roberto de Oliveira, disse que a vinda da rodovia foi uma grande conquista, que tem até alegrado mais os moradores, com o fluxo de veículos, já que antes a cidade "era muito parada".
Roberto de Oliveira destaca ainda que o problema maior é que, por Caririaçu ser uma cidade antiga, as ruas são estreitas, o que dificulta o trânsito, principalmente de carretas, que são veículos mais longos. Os motoristas sentem dificuldade de fazer as curvas para saírem da cidade. Numa delas, semana passada, um caminhão ficou impedido de passar, arrastando um poste. O problema ocorreu pela manhã e o poste foi substituído somente no final da tarde. Em outros casos, enquanto um caminhão é impedido de fazer a curva para sair da cidade, pela falta de espaço, o trânsito fica parado, provocando congestionamento. E não somente houve o acréscimo de veículos pesados, mas de carros de passeio.
Mesmo sendo a rua principal do comércio e bastante sinalizada, os moradores afirmam que agora o cuidado é redobrado. "Isso também para quem anda pelas calçadas, já que houve casos em que os caminhões subiram parte desses espaços e isso coloca em risco a vida do pedestre", diz a comerciante.
Cidades pequenas
De acordo com o diretor do Demutran, não somente a cidade de Caririaçu, mas as outras cidades que se incluem nos trechos da rodovia, que encurta o trajeto até Fortaleza em até 70 quilômetros, estão tendo o mesmo problema. "São cidades pequenas, que não foram preparadas para receberem carros pesados", diz ele. Em Cedro, Lima Campos, Orós, Banabuiú e Floresta estão na mesma situação, segundo o diretor. O primeiro apagão de parte da cidade aconteceu antes mesmo da Rodovia Padre Cícero, com uma carreta que carregava equipamentos de um parque de diversões. As fiações foram atingidas e moradores ficaram prejudicados com a falta de energia. "A gente chegou a ficar semana passada um dia inteiro sem energia", diz a comerciante Marisa Santos. Segundo a estudante Nara Feitosa, os motoristas entram na cidade sem o conhecimento das ruas estreitas e muitas vezes trafegam em alta velocidade, como acontece por uma das vias de acesso ao Centro da cidade, pela Avenida São Pedro, onde moradores reclamam dos riscos. Com a via, o diretor do Demutran disse que o fluxo pela cidade dobrou. Ele disse que a administração local já levou o problema para o Departamento de Edificações e Rodovias (DER), mas até o momento não houve alternativas para iniciar o projeto de construção do desvio, de aproximadamente 5 quilômetros. Ele acredita que, em abril próximo, o Governo do Estado possa sinalizar com alguma proposta de encaminhamento.
O gerente do DER, 10º Distrito, Luiz Salviano de Matos, afirma que tem conhecimento da situação e que já foi encaminhado, por parte dos poderes constituídos da cidade, como a Câmara Municipal pedido para solucionar a situação.
Salviano de Matos disse que está aguardando a sinalização do Governo do Estado, para que seja desenvolvido um projeto para desvio. Segundo o gerente, esta solução não estava prevista no projeto de construção da Rodovia Padre Cícero.
ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER
Os moradores afirmam que o fluxo de carros pesados tem aumentado, mas há a possibilidade de construção de um desvio para evitar que haja o trânsito de caminhões e ônibus por dentro da cidade. Em duas semanas, seguidas, foram destruídos dois postes e parte da Rua Carlos Morais, no Centro da cidade, e a principal via comercial. Alguns bairros foram atingidos pela falta de energia elétrica.
Transtornos
A comerciante Marisa Santos afirma que tem sido um grande transtorno conviver com a situação. A sua loja e parte da casa em que mora apresentaram rachaduras nas paredes, em virtude do grande número de carretas e outros veículos pesados que passam por sua rua, na Carlos de Morais. Na semana passada, uma das moradoras da via diz ter chegado a contar, por duas horas, o número de ônibus que trafegava pela via. Foram mais de 60 e o fluxo dos veículos aumenta principalmente à noite.
A solução do transtorno está sendo motivo de reivindicação, por parte do Município, de um desvio pela Avenida Belo Tavares, que impede que os motoristas entrem pelo Centro da cidade. O diretor do Departamento de Trânsito Municipal (Demutran), Francisco Roberto de Oliveira, disse que a vinda da rodovia foi uma grande conquista, que tem até alegrado mais os moradores, com o fluxo de veículos, já que antes a cidade "era muito parada".
Roberto de Oliveira destaca ainda que o problema maior é que, por Caririaçu ser uma cidade antiga, as ruas são estreitas, o que dificulta o trânsito, principalmente de carretas, que são veículos mais longos. Os motoristas sentem dificuldade de fazer as curvas para saírem da cidade. Numa delas, semana passada, um caminhão ficou impedido de passar, arrastando um poste. O problema ocorreu pela manhã e o poste foi substituído somente no final da tarde. Em outros casos, enquanto um caminhão é impedido de fazer a curva para sair da cidade, pela falta de espaço, o trânsito fica parado, provocando congestionamento. E não somente houve o acréscimo de veículos pesados, mas de carros de passeio.
Mesmo sendo a rua principal do comércio e bastante sinalizada, os moradores afirmam que agora o cuidado é redobrado. "Isso também para quem anda pelas calçadas, já que houve casos em que os caminhões subiram parte desses espaços e isso coloca em risco a vida do pedestre", diz a comerciante.
Cidades pequenas
De acordo com o diretor do Demutran, não somente a cidade de Caririaçu, mas as outras cidades que se incluem nos trechos da rodovia, que encurta o trajeto até Fortaleza em até 70 quilômetros, estão tendo o mesmo problema. "São cidades pequenas, que não foram preparadas para receberem carros pesados", diz ele. Em Cedro, Lima Campos, Orós, Banabuiú e Floresta estão na mesma situação, segundo o diretor. O primeiro apagão de parte da cidade aconteceu antes mesmo da Rodovia Padre Cícero, com uma carreta que carregava equipamentos de um parque de diversões. As fiações foram atingidas e moradores ficaram prejudicados com a falta de energia. "A gente chegou a ficar semana passada um dia inteiro sem energia", diz a comerciante Marisa Santos. Segundo a estudante Nara Feitosa, os motoristas entram na cidade sem o conhecimento das ruas estreitas e muitas vezes trafegam em alta velocidade, como acontece por uma das vias de acesso ao Centro da cidade, pela Avenida São Pedro, onde moradores reclamam dos riscos. Com a via, o diretor do Demutran disse que o fluxo pela cidade dobrou. Ele disse que a administração local já levou o problema para o Departamento de Edificações e Rodovias (DER), mas até o momento não houve alternativas para iniciar o projeto de construção do desvio, de aproximadamente 5 quilômetros. Ele acredita que, em abril próximo, o Governo do Estado possa sinalizar com alguma proposta de encaminhamento.
O gerente do DER, 10º Distrito, Luiz Salviano de Matos, afirma que tem conhecimento da situação e que já foi encaminhado, por parte dos poderes constituídos da cidade, como a Câmara Municipal pedido para solucionar a situação.
Salviano de Matos disse que está aguardando a sinalização do Governo do Estado, para que seja desenvolvido um projeto para desvio. Segundo o gerente, esta solução não estava prevista no projeto de construção da Rodovia Padre Cícero.
ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER
Diário do Nordeste
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