Nos
últimos dez anos, o número de divórcios no Ceará cresceu 100,5%.
Enquanto no ano 2000 o grupo de divorciados somava 49.137 pessoas, em
2010, passou para 120.725. Os dados são referentes à pesquisa realizada
pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece),
tendo como base informações do Censo Demo gráfico do ano 2000 e 2010,
elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O motorista José Welton de Araújo Serpa, 29, faz parte dessa estatística e garante que casar não é um bom negócio. Pelo menos no seu caso, afirma não ter sido. Após namorar, noivar e casar no civil e no religioso, tudo isso em nove meses, ele conta que teve de se divorciar, pois descobriu que a mulher que escolhera para ser sua companheira era, na verdade, uma pessoa completamente diferente.
Depois de passar por essa curta, mas intensa e conturbada experiência, Serpa confessa que, hoje, se encontrasse uma mulher interessante, não se casaria novamente, optaria por viver junto, já que os direitos são os mesmos de uma pessoa casada.
União consensual
Já o número de uniões consensuais - quando a pessoa opta por morar com outra sem casar no civil ou no religioso - aumentou 41,8%. De acordo com informações do Censo Demográfico, no ano 2000, existiam 692.045 uniões consensuais no Ceará. Em 2010, entretanto, esse número passou para 1.216.101.
A psicóloga Cláudia Egypto, professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), explica que, apesar do modelo de família nuclear, com pai, mãe e filhos, herdado do modelo burguês, ainda hoje ser o mais influente, observa que vem ocorrendo uma mudança no perfil das famílias.
Algumas optam por não ter filhos, outras por não casar, outras por formar uniões homoafetivas ou monoparentais (só o pai ou só a mãe). "As pessoas têm transformado a sua ideia de família. Essa história de que casamento é para sempre, que o homem é o responsável pelo sustento da família e que a mulher cuida da casa e dos filhos não é mais obedecido como antigamente".
Segundo a especialista, esses papéis estão mudando. Prova disso é que as mulheres estão ocupando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, assim como os homens estão ajudando a cuidar da casa e dos filhos.
"As pessoas casam, mas, à medida que não estão se sentindo felizes, dissolvem esse laço. O que mantém a família não é a estrutura, mas o fato da pessoa se sentir atendida no relacionamento", analisa Cláudia.
LUANA LIMA
REPÓRTER
O motorista José Welton de Araújo Serpa, 29, faz parte dessa estatística e garante que casar não é um bom negócio. Pelo menos no seu caso, afirma não ter sido. Após namorar, noivar e casar no civil e no religioso, tudo isso em nove meses, ele conta que teve de se divorciar, pois descobriu que a mulher que escolhera para ser sua companheira era, na verdade, uma pessoa completamente diferente.
Depois de passar por essa curta, mas intensa e conturbada experiência, Serpa confessa que, hoje, se encontrasse uma mulher interessante, não se casaria novamente, optaria por viver junto, já que os direitos são os mesmos de uma pessoa casada.
União consensual
Já o número de uniões consensuais - quando a pessoa opta por morar com outra sem casar no civil ou no religioso - aumentou 41,8%. De acordo com informações do Censo Demográfico, no ano 2000, existiam 692.045 uniões consensuais no Ceará. Em 2010, entretanto, esse número passou para 1.216.101.
A psicóloga Cláudia Egypto, professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), explica que, apesar do modelo de família nuclear, com pai, mãe e filhos, herdado do modelo burguês, ainda hoje ser o mais influente, observa que vem ocorrendo uma mudança no perfil das famílias.
Algumas optam por não ter filhos, outras por não casar, outras por formar uniões homoafetivas ou monoparentais (só o pai ou só a mãe). "As pessoas têm transformado a sua ideia de família. Essa história de que casamento é para sempre, que o homem é o responsável pelo sustento da família e que a mulher cuida da casa e dos filhos não é mais obedecido como antigamente".
Segundo a especialista, esses papéis estão mudando. Prova disso é que as mulheres estão ocupando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, assim como os homens estão ajudando a cuidar da casa e dos filhos.
"As pessoas casam, mas, à medida que não estão se sentindo felizes, dissolvem esse laço. O que mantém a família não é a estrutura, mas o fato da pessoa se sentir atendida no relacionamento", analisa Cláudia.
LUANA LIMA
REPÓRTER
Diário do Nordeste
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