Enquanto as chuvas não chegam de forma satisfatória para parte das
zonas produtoras nordestinas, alguns itens estão custando mais no
mercado.
Hortigranjeiros
Entre as hortaliças que neste período do ano estariam com grande
oferta e consequentemente com preços mais atrativos, temos a abóbora, o
quiabo, o maxixe, a batata doce, o aipim e o feijão-verde. Mas, com o
período de chuvas indefinido, as produções não foram exatamente como
esperavam os comerciantes e os preços também sofreram alterações. O
feijão-verde, por exemplo, que custava em média R$3,10 (kg) entre os
meses de março e abril do ano passado, nesse ano pode ser comprado por
até R$7,00.
Por outro lado, quem ainda não sofreu grandes alterações de preços e
podem ser compradas a preços acessíveis são as folhosas. O nível alto de
chuvas pode atrapalhar as plantações de coentro e cebolinha, por
exemplo, fazendo com que estes itens encareçam.
Quando falamos em frutas, lembramos que alguns produtores ainda
aguardam as chuvas para aquecer as safras dos próximos meses. No caso da
banana, da tangerina, do coco verde e do limão, o período chuvoso
contribui para o sucesso da próxima colheita e pode ser sinal de boa
oferta no mercado.
Cereais
No caso dos grãos, o feijão, nas variedades carioquinha e macassar
(corda), são os grandes “vilões”. Os preços desses cereais alcançaram o
aumento significativo de até 93% do ano passado para esse, afetando
diretamente o bolso dos consumidores. Além das poucas chuvas no interior
do Ceará, a seca, principalmente nos estados da Bahia, Pernambuco e
Piauí influenciou os preços e a quantidade dos produtos no mercado. Além
de pagar mais pelo feijão, que não pode faltar na mesa do cearense, os
comerciantes também sentem o reflexo na quantidade que chega para
abastecer o mercado.
Para substituir os tradicionais carioquinha e corda, muitos
consumidores optam pelo feijão branco ou preto que não apresentaram
índices de aumenta, permanecendo com preços mais agradáveis “Além de não
serem os preferidos dos consumidores, ou seja, não são os mais
comprados, os feijões de variedades branco e o preto conseguem manter o
preço por que vem de regiões que não são afetadas pela falta de chuva,
como São Paulo, Goiás e Minas Gerais”, explica o analista de mercado da
Ceasa, Odálio Girão.
CEASA
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