Marine
Le Pen cobrou que o partido do presidente Nicolas Sarkozy se posicione,
quanto a quem apoiará no caso de disputa entre a extrema-direita e os
socialistas, nas próximas eleições legislativas que acontecem em junho
FOTO: REUTERS
O candidato socialista François Hollande prometeu intervir para impedir que haja mais demissões na França
Paris. O
candidato favorito à eleição presidencial francesa, o socialista
François Hollande, prometeu ontem intervir nas empresas para evitar
demissões em massa e disse que vai controlar o mercado financeiro se for
eleito.
Já o rival de Hollande, o presidente Nicolas Sarkozy, que
tentará ser reeleito em 6 de maio, descartou ontem uma aliança com o
partido de extrema direita Frente Nacional (FN), de Marine Le Pen, que
ficou em terceiro lugar. Sarkozy disse, contudo, que não ignorará as
demandas dos eleitores da FN.
Sarkozy, da União por um Movimento
Popular (UMP, de centro-direita), luta para se manter no poder, mas as
pesquisas de intenção de voto indicam que ele poderá perder no segundo
turno para o socialista Hollande, que contesta os cortes orçamentários
promovidos por Sarkozy e prometeu novos gastos governamentais.
Hollande
destacou sua plataforma de esquerda mais uma vez ontem com o objetivo
de conter os temores da população sobre a manutenção dos empregos e dos
banqueiros e agências de rating, que responsabilizam a França pela crise
financeira e pelo agravamento das perspectivas econômicas do país.
Meios
de comunicação dizem que conselheiros de Sarkozy estão pressionando
executivos de empresas para que não anunciem grandes demissões durante a
campanha presidencial e preveem uma onda de cortes de empregos após a
eleição.
Respondendo a esses temores, Hollande disse: “antes que
decisões irreparáveis sejam feitas, eu devo intervir”. Ele não explicou
como vai evitar a perda de vagas de trabalho ou citou alguma empresa em
particular.
As pesquisas indicam que a questão do emprego é a
principal preocupação dos eleitores franceses. Os dois candidatos
prometeram, durante a campanha, lutar contra o desemprego.
Crítica
Apesar
de Sarkozy ter anunciado que não faria acordo com a FN, Hollande
denunciou ontem a “corrida” do adversário pelos votos do partido de
extrema direita no segundo turno, estimando que uma eventual vitória
paga com esse preço abriria um quinquênio de “excesso”. “Há como uma
corrida desde a noite de domingo do candidato para buscar - ele diz os
eleitores - mas também as teses (da FN) e, portanto, eu lamento essa
atitude”, declarou o socialista.
Posicionamento
Le
Pen pediu ontem ao presidente Nicolas Sarkozy e ao chefe de seu partido
União por um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, que falem
claramente se pedirão ou não o voto dos socialistas em caso de duelo
PS/FN nas legislativas de junho. “Evidentemente, existem duas pessoas
que devem falar a respeito, o presidente-candidato e o chefe da UMP”,
declarou Le Pen. “Ambos devem indicar claramente se pedirão ou não que
votem nos socialistas nos distritos nos quais o FN se encontre à frente
dos socialistas”, afirmou.
Diário do Nordeste
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