quinta-feira, 26 de abril de 2012

Informações da Polícia serão repassadas à CPI

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Verdini foi ao Congresso ontem, não quis revelar o conteúdo dos documentos e disse que quer preservar os 35 mil trabalhadores da Delta
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Para o ministro da Justiça, suspender a apuração do caso significaria aumento da impunidade no País
Brasília. O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou ontem que as informações da Polícia Federal serão liberadas à CPI mista do Cachoeira, que investiga as relações do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e agentes privados.

Cardozo rebateu a linha de defesa de envolvidos que tentam desqualificar e anular as provas da Polícia Federal (PF), por conta de foro privilegiado ou por reclamações sobre os métodos para interceptações telefônicas.

Para o ministro, suspender a apuração do caso representaria o aumento da impunidade. "Não se pode interpretar garantia como privilégio", frisou.

Ele defendeu a atuação da PF, classificando a Operação Monte Carlo, que coibiu a atuação do grupo de Cachoeira, como séria. "Eu tenho convicção que a Polícia Federal agiu no estrito cumprimento da lei", disse. Cardozo afirma que os agentes da Polícia Federal que são suspeitos de envolvimento com o esquema estão sendo investigados e, se forem comprovadas as acusações, serão demitidos. Disse ainda que a orientação do governo é para agir republicanamente investigando todos os suspeitos, sem levar em consideração a ligação partidária.

Na primeira reunião da CPI do caso Cachoeira, o senador Vital do Rego (PMDB-PB) foi eleito oficialmente para a presidência da comissão. O deputado Odair Cunha (PT-MG) também foi indicado relator da CPI, responsável por conduzir os rumos das investigações.

A eleição do vice-presidente da comissão será realizada em outra reunião, já que ainda não havia acordo em torno do nome. A oposição reivindica indicação.

A Delta Construções, do empresário Fernando Cavendish, que ontem anunciou seu licenciamento do cargo de presidente do Conselho de Administração da empresa enquanto se realiza uma auditoria externa, quer preservar as 195 obras que realiza no país.

Segundo nota da empresa, o afastamento de Cavendish e do diretor-executivo Carlos Pacheco, ambos suspeitos de envolvimento com Cachoeira, tem por objetivo tentar preservar os mais de 35 mil empregos. O novo presidente da construtora Delta, Carlos Augusto Verdini, encaminhou ontem à CPI documentos da empresa que, segundo ele, vão ajudar nas investigações.

Verdini não quis comentar a prisão de Claudio Abreu ontem em Goiânia (GO) apontado como membro do esquema. Ele confirmou a realização de uma auditoria para investigar "todas as práticas de responsabilidade da diretoria do Centro-Oeste", comandada por Abreu.

Diário do Nordeste

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