Em
cerimônia para homenagear os veteranos e os mortos da guerra, a
presidente argentina, Cristina Kirchner, pediu a retomada do diálogo com
a Grã- Bretanha sobre o domínio das Malvinas
REUTERS
Após três décadas do conflito, disputa por arquipélago no sul do Atlântico opõe países até hoje
Buenos Aires O aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas reacendeu, ontem, a memória de um conflito que divide até hoje Argentina e Grã-Bretanha. Enquanto o Reino Unido, resolveu comemorar sua vitória no confronto sem grandes atos, os argentinos fizeram manifestações contra o domínio inglês no arquipélago.
Durante o ato central em memória aos mortos da guerra, a presidente argentina, Cristina Kirchner, disse considerar um "absurdo" os ingleses manterem o domínio das Ilhas Malvinas.
"É absurdo manter a 14.000 km o domínio, quando estas terras correspondem à nossa plataforma marítima", disse Kirchner na cerimônia realizada em Ushuaia, cidade no extremo sul do continente americano.
A líder argentina voltou a pedir que a Grã-Bretanha aceite dialogar sobre a disputa da soberania nas ilhas do Atlântico Sul, em respeito ao desejo dos 3.000 habitantes do arquipélago.
"Não queremos nada mais do que o diálogo entre os dois países para discutir a questão de soberania, respeitando o interesse dos habitantes, da maneira como assinalam as resoluções das Nações Unidas", afirmou a presidente aos moradores de Ushuaia e veteranos da guerra, na qual morreram 649 argentinos e 255 britânicos.
Para a chefe de Estado, é "uma injustiça que em pleno século XXI existam enclaves coloniais. De um total de 16 enclaves, 10 são do Reino Unido".
Kirchner disse que na sexta (30) enviou uma carta ao chefe da Cruz Vermelha Internacional para "interceder junto ao Reino Unido para identificar os argentinos e britânicos", cujos restos mortais ainda estão anônimos.
Estima-se que dezenas de soldados ainda não tenham sido identificados desde o conflito de 74 dias, que terminou em 14 de junho de 1982 com a rendição das tropas da Argentina, então governada por uma ditadura.
Ushuaia é a capital da Terra do Fogo, província em cuja jurisdição está as Malvinas, segundo a Constituição nacional reformulada em 1994.
Protestos
Manifestantes foram reprimidos pela Polícia durante um protesto em frente à embaixada britânica, deixando várias pessoas levemente feridas, no aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas.
Os esquerdistas que usavam o slogan "Fora ingleses das Malvinas" jogaram coquetéis molotov e pedras contra os policiais quena sede diplomática em Buenos Aires, e os oficiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d´água lançados de carros hidrantes.
Reino Unido
A Grã-Bretanha recordou ontem com uma cerimônia discreta o que o premiê David Cameron chamou de "ato de agressão´ cometido há 30 anos pela Argentina nas Malvinas. Veteranos e familiares das vítimas se reuniram em uma cerimônia no National Memorial Arboretum de Alrewas, no centro da Inglaterra, para recordar os mortos e os que retornaram vivos do conflito.
"Há 30 anos hoje, a população das ilhas Falkland (nome britânico das Malvinas) sofreu um ato de agressão destinado a roubar sua liberdade e seu modo de vida", afirmou Cameron em um comunicado publicado ontem.
O primeiro-ministro insistiu que seu país está "firmemente comprometido com a defesa do direito dos habitantes das Falklands, deles e apenas deles, de decidir seu próprio futuro".
O envio amanhã de um moderno destróier da Marinha Britânica para uma missão de seis meses no Atlântico Sul, não deve ajudar a reduzir a tensão entre argentinos e britânicos.
Ontem, as autoridades da Unasul entregaram ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, uma declaração de apoio dos 12 países da região à Argentina na questão das Malvinas.
Buenos Aires O aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas reacendeu, ontem, a memória de um conflito que divide até hoje Argentina e Grã-Bretanha. Enquanto o Reino Unido, resolveu comemorar sua vitória no confronto sem grandes atos, os argentinos fizeram manifestações contra o domínio inglês no arquipélago.
Durante o ato central em memória aos mortos da guerra, a presidente argentina, Cristina Kirchner, disse considerar um "absurdo" os ingleses manterem o domínio das Ilhas Malvinas.
"É absurdo manter a 14.000 km o domínio, quando estas terras correspondem à nossa plataforma marítima", disse Kirchner na cerimônia realizada em Ushuaia, cidade no extremo sul do continente americano.
A líder argentina voltou a pedir que a Grã-Bretanha aceite dialogar sobre a disputa da soberania nas ilhas do Atlântico Sul, em respeito ao desejo dos 3.000 habitantes do arquipélago.
"Não queremos nada mais do que o diálogo entre os dois países para discutir a questão de soberania, respeitando o interesse dos habitantes, da maneira como assinalam as resoluções das Nações Unidas", afirmou a presidente aos moradores de Ushuaia e veteranos da guerra, na qual morreram 649 argentinos e 255 britânicos.
Para a chefe de Estado, é "uma injustiça que em pleno século XXI existam enclaves coloniais. De um total de 16 enclaves, 10 são do Reino Unido".
Kirchner disse que na sexta (30) enviou uma carta ao chefe da Cruz Vermelha Internacional para "interceder junto ao Reino Unido para identificar os argentinos e britânicos", cujos restos mortais ainda estão anônimos.
Estima-se que dezenas de soldados ainda não tenham sido identificados desde o conflito de 74 dias, que terminou em 14 de junho de 1982 com a rendição das tropas da Argentina, então governada por uma ditadura.
Ushuaia é a capital da Terra do Fogo, província em cuja jurisdição está as Malvinas, segundo a Constituição nacional reformulada em 1994.
Protestos
Manifestantes foram reprimidos pela Polícia durante um protesto em frente à embaixada britânica, deixando várias pessoas levemente feridas, no aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas.
Os esquerdistas que usavam o slogan "Fora ingleses das Malvinas" jogaram coquetéis molotov e pedras contra os policiais quena sede diplomática em Buenos Aires, e os oficiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d´água lançados de carros hidrantes.
Reino Unido
A Grã-Bretanha recordou ontem com uma cerimônia discreta o que o premiê David Cameron chamou de "ato de agressão´ cometido há 30 anos pela Argentina nas Malvinas. Veteranos e familiares das vítimas se reuniram em uma cerimônia no National Memorial Arboretum de Alrewas, no centro da Inglaterra, para recordar os mortos e os que retornaram vivos do conflito.
"Há 30 anos hoje, a população das ilhas Falkland (nome britânico das Malvinas) sofreu um ato de agressão destinado a roubar sua liberdade e seu modo de vida", afirmou Cameron em um comunicado publicado ontem.
O primeiro-ministro insistiu que seu país está "firmemente comprometido com a defesa do direito dos habitantes das Falklands, deles e apenas deles, de decidir seu próprio futuro".
O envio amanhã de um moderno destróier da Marinha Britânica para uma missão de seis meses no Atlântico Sul, não deve ajudar a reduzir a tensão entre argentinos e britânicos.
Ontem, as autoridades da Unasul entregaram ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, uma declaração de apoio dos 12 países da região à Argentina na questão das Malvinas.
FIQUE POR DENTRO
Um território disputado por dois países
Em 2 de abril de 1982, a ditadura militar argentina invadiu as ilhas que a Grã-Bretanha ocupa desde 1833. Suas tropas se renderam após 74 dias de uma guerra que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
Desde então, Londres se mantém irredutível em sua defesa "do princípio de autodeterminação" dos moradores das Falklands, nome oficial da Grã-Bretanha para o arquipélago que tem uma população de 3.000 habitantes e está localizado a 650 klm da costa da Patagônia argentina.
As relações diplomáticas entre o Reino Unido e a Argentina só foram retomadas em 1990, mas ainda há rusgas. Desde então, o governo argentino mantém uma reivindicação pacífica das ilhas, mas o Reino Unido diz que a soberania do território não está em negociação.
Um território disputado por dois países
Em 2 de abril de 1982, a ditadura militar argentina invadiu as ilhas que a Grã-Bretanha ocupa desde 1833. Suas tropas se renderam após 74 dias de uma guerra que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
Desde então, Londres se mantém irredutível em sua defesa "do princípio de autodeterminação" dos moradores das Falklands, nome oficial da Grã-Bretanha para o arquipélago que tem uma população de 3.000 habitantes e está localizado a 650 klm da costa da Patagônia argentina.
As relações diplomáticas entre o Reino Unido e a Argentina só foram retomadas em 1990, mas ainda há rusgas. Desde então, o governo argentino mantém uma reivindicação pacífica das ilhas, mas o Reino Unido diz que a soberania do território não está em negociação.
Diário do Nordeste
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