Até anunciar a desistência, Rick Santorum se declarava a alternativa conservadora a Mitt Romney para disputar com Obama
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O
presidente está mais concentrado na reeleição do que na política
externa e deve ser bastante questionado pelos líderes latino-americanos
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O ex-senador disse que a corrida para ele estava acabada, mas que a luta para derrotar Barack Obama continua
Gettysburg. Rick
Santorum desistiu, ontem, de sua campanha para a indicação republicana à
candidatura presidencial, abrindo caminho para que o favorito Mitt
Romney conquiste a indicação do partido para concorrer com o democrata
Barack Obama em novembro. O ex-senador pela Pensilvânia fez o anúncio
durante uma coletiva de imprensa.
Santorum estava
significativamente atrás de Romney no número de delegados conquistados e
enfrentava dificuldades cada vez maiores para vencer a primária de seu
Estado natal, marcada para 24 de abril.
Ele fez as declarações ao
lado da mulher e da família e disse a seus partidários que a corrida
para ele estava acabada, mas que a luta contra Obama continua. Até
anunciar a desistência, Santorum se declarava a alternativa conservadora
a Romney.
Santorum não vez menção a Romney e destacou que foi
além do que todos esperavam, competindo "contra todas as
probabilidades". "Nós vencemos as primárias em 11 Estados, conquistamos
milhões de votos, contra todas as probabilidades", disse. Romney
congratulou Santorum pela campanha, ao chamá-lo de um "adversário capaz e
hábil". Romney tem cerca de 600 delegados, enquanto Santorum tinha 202.
"Santorum
provou ser uma voz importante no nosso partido e na nossa nação. Nós
reconhecemos que o mais importante é deixar os fracassos dos últimos
três anos para trás e devolver a América ao caminho da prosperidade",
disse Romney.
Santorum não declarou apoio oficial a Romney. Antes
de anunciar a desistência, ele telefonou para o adversário. O anúncio
foi feito um dia depois de a filha de três anos de Santorum, Isabella,
conhecida como Bella, ter saído do hospital após uma internação para
tratamento de um pneumonia. Ela é portadora de Trisomy 18, também
conhecida como síndrome de Edwards, uma rara doença genética.
Obama vai enfrentar ceticismo na Cúpula
Bogotá.
Três anos depois de ter sido festejado por líderes latino-americanos, o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentará ceticismo e
desapontamento na Cúpula das Américas por não ter cumprido promessas de
uma nova era nas relações com a região.
A primeira reunião de
Obama com os líderes da região, em Trinidad e Tobago, no auge de sua
popularidade, incluiu uma promessa de reparar os laços com Cuba e um
aperto de mão fotografado com Hugo Chávez, presidente venezuelano e
crítico feroz dos EUA.
Este ano, Obama está mais concentrado na
reeleição do que na política externa e deve ser bastante questionado
sobre temas controversos como a guerra às drogas, Cuba e até a política
monetária dos EUA pelos chefes de Estado que estão ansiosos para
lembrá-lo que Washington está ficando cada vez menos relevante para a
região.
"O engano e a decepção são muito reais", disse Hal
Klepak, professor canadense de história e especialista em América
Latina. "O foco da última cúpula foi o ´show de Obama´, desta vez o que
temos são anos de nada acontecendo".
Obama vai à cúpula no fim de
semana em Cartagena, Colômbia, buscando ampliar os laços comerciais,
especificamente no setor de energia e de gasolina.
Ontem, em
defesa da criação de um imposto mínimo sobre os milionários, ele disse
que a distância entre os muito ricos e todos os demais é um obstáculo à
economia americana.
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